São Paulo, sábado, 04 de fevereiro de 2006

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PMDB reafirma que terá candidato

EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

Em evento de apoio à pré-candidatura do governador Germano Rigotto (RS) à Presidência, lideranças do PMDB reafirmaram ontem, em São Paulo, que a sigla terá candidato ao Planalto.
Um dos presentes, o deputado federal e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, disse que o partido não vai tolerar o assédio do PT na sua busca por apoio para a disputa presidencial.
"Eu acho que o presidente Lula, como candidato à Presidência da República, querer fazer uma aliança com o PMDB é legítimo. O que é ilegítimo, e aqui eu coloco o dedo na ferida, é eventualmente o presidente pretender trazer governadores ou lideranças do partido quando, sabidamente, o PMDB decidiu pela tese da candidatura própria. Isso nós não vamos admitir", disse Temer.
"Agora, uma conversa para uma eventual aliança é claro que não se pode evitar, embora seja inevitável a candidatura própria."
Principal articulista do encontro de ontem e outro defensor da candidatura própria, o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia declarou formalmente seu apoio a Rigotto.

Garotinho
Quércia expressou contrariedade quanto à pretensão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho de concorrer ao cargo.
"Nós não temos nada contra o Garotinho. Mas ele tem feito campanha pelo Estado de São Paulo inteiro usando o meu nome em primeiro lugar, como se estivesse fazendo a minha campanha de governador. É uma forma política de agir, tudo bem. Mas eu nunca apoiei o Garotinho, nunca houve intenção", disse Quércia.
Para ele, Rigotto tem condições de unir o PMDB, "o que Garotinho não tem". Questionado sobre sua possível candidatura ao governo de São Paulo, Quércia disse que a prioridade agora é a definição da candidatura à Presidência.
Rigotto disse que, se for o candidato, vai representar a "grande novidade", "uma terceira via" ao PT e ao PSDB. Ele afirmou que deixará o governo até o final do mês para se dedicar às prévias.
Temer diz esperar que os companheiros de partido que ocupam ministérios entreguem os cargos até o fim das prévias. São eles Saraiva Felipe (Saúde), Silas Rondeau (Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações). Caso não o façam, diz Temer, correm o risco de receber moção de censura.


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