São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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Apesar da crise, Lula tem aprovação recorde de 84%

Pesquisa CNT/Sensus mostra que 72,5% consideram o governo petista ótimo ou bom

Segundo o levantamento, 50% dos brasileiros disseram estar dispostos a sacrificar o salário e reduzir a jornada para manter seu emprego




LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A onda de demissões dos dois últimos meses não atingiu a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve em janeiro novo recorde de aprovação pessoal e de seu governo. Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que 72,5% consideram o governo Lula ótimo ou bom. A avaliação positiva sobre o desempenho do petista teve crescimento ainda maior e chegou a 84%.
Em dezembro, o presidente já havia alcançado índices recordes: 71,1% (governo) e 80,3% (desempenho pessoal).
A última pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro, também mostrou que a avaliação positiva de Lula era recorde, com 70% de ótimo/bom.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2.000 pessoas entre 26 e 30 de janeiro, logo depois de o governo federal ter anunciado o fechamento, em dezembro, de quase 655 mil vagas com carteira assinada no país. Foi o pior desempenho do mercado de trabalho formal nos últimos dez anos, efeito da crise financeira internacional.
A pesquisa aponta que 51% dos entrevistados disseram acreditar na melhora do emprego nos próximos seis meses -o índice era de 47% em dezembro. No entanto, o brasileiro sente os efeitos da crise. Dos entrevistados, 42,7% afirmaram ter receio de perder o emprego. Outros 56,6% disseram conhecer ou ter ouvido falar de alguém que perdeu sua vaga.
Metade também disse estar disposta a sacrificar o salário, com redução de jornada, para manter sua vaga de trabalho.
Mesmo hoje impossibilitado de concorrer a um terceiro mandato em 2010, Lula é o campeão de menções na pesquisa espontânea -feita antes da apresentação dos nomes dos candidatos. O petista foi lembrado por 21,3%.
Os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) vêm depois, com 8,7% e 3,9%, respectivamente.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que o presidente Lula tenta emplacar como sua sucessora, é citada por 2,5% dos entrevistados.
Já na pesquisa estimulada, no cenário em que disputa com Serra, a petista passou de 10,4% para 13,5% das intenções de voto. O tucano caiu de 46,5% para 42,8%. Heloísa Helena (PSOL) se manteve estável e tem 11,2%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
"Há relativa alta de Dilma, que a população identifica com o PT", disse Ricardo Guedes, presidente do instituto Sensus.
A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte, presidida pelo empresário Clésio Andrade (PR), que já foi vice de Aécio Neves.
Com Aécio no lugar de Serra, o mineiro tem 23,3% dos votos. Dilma aparece atrás de Heloísa, com 16,4%. A pesquisa foi feita em 136 municípios.


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