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JORNALISMO
Liberdade de imprensa é tema de debate
DA REPORTAGEM LOCAL
A liberdade de imprensa
e a parcialidade nas coberturas jornalísticas foram
temas discutidos ontem
em debate promovido por
alunos da Faculdade de
Direito da USP, no largo
São Francisco, em São
Paulo, com a participação
dos jornalistas Boris Casoy, da TV Bandeirantes, e
Marcio Aith, editor-executivo da revista "Veja".
Casoy afirmou que o governo Lula já "demonstrou formalmente não ter
apreço" pela liberdade de
imprensa. Citou como
exemplo, entre outros, a
tentativa de criação do
Conselho Federal de Jornalismo.
Casoy afirmou ver
ameaças reais à liberdade
de imprensa no país. Ele
citou a multiplicidade de
processos movidos em nome de fiéis da Igreja Universal contra a Folha.
"Acho legítimo entrar com
uma ação, mas há visivelmente uma orquestração
para calar a Folha ou
quem venha, por acaso,
tentar criar obstáculos à
ação da igreja", disse.
O próprio jornalista
lembrou que trabalhou
como âncora na TV Record, que pertence ao bispo Edir Macedo, fundador
da Igreja Universal.
Para Marcio Aith, causa
preocupação a reação de
Lula, que considerou legítima a ação dos fiéis.
"Mais grave foi a reação do
presidente Lula, que deu
um inequívoco apoio às
chicanas da igreja", disse.
Questionado sobre os limites da "liberdade e da libertinagem", Aith disse
que a imprensa existe para
incomodar. "Numa sociedade democrática, se a imprensa não incomoda, aí
sim você fica com medo da
libertinagem. Mas não é
aquela libertinagem que
você olha e vê, é aquela
que ninguém conhece, é
aquela que envolve injeção de recursos públicos
para sustentá-la."
Convidado para o debate, o jornalista José Arbex
Jr., editor da revista "Caros Amigos", não compareceu ao evento.
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