São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2010

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Para ser solto, Arruda diz ao STF que se afasta

Supremo julga hoje pedido de habeas corpus do governador afastado do DF, que se compromete a ficar licenciado até fim de apurações

Segundo advogado, a única coisa que Arruda deseja agora é "voltar para casa'; ministros dizem que recado não influencia julgamento


FILIPE COUTINHO
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para tentar sair da prisão, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), encaminhou ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) um documento assinado de próprio punho em que se compromete a ficar licenciado do cargo até a conclusão das investigações do mensalão do DEM.
O mesmo pedido foi levado à Câmara do DF, que abriu processo de impeachment contra Arruda, acusado de chefiar o esquema de corrupção. Ele está preso sob a suspeita de subornar uma das testemunhas do inquérito que apura o caso.
Hoje o Supremo vai julgar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do governador afastado. O relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, já havia negado a medida em caráter liminar. Agora, toda a corte, formada por 11 ministros, vai julgar o pedido.
O documento com o compromisso de se licenciar do cargo, segundo ministros da corte ouvidos pela Folha, em nada interfere no julgamento, que vai analisar a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que levou Arruda à prisão. Para o tribunal, a prisão era necessária pela preservação do inquérito criminal.
Nélio Machado, um dos advogados de Arruda, disse que o compromisso pode ajudá-lo a conseguir a liberdade. "O que ele quer é voltar para casa."


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