|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para ser solto, Arruda diz ao STF que se afasta
Supremo julga hoje pedido de habeas corpus do governador afastado do DF, que se compromete a ficar licenciado até fim de apurações
Segundo advogado, a única coisa que Arruda deseja agora é "voltar para casa'; ministros dizem que recado não influencia julgamento
FILIPE COUTINHO
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar sair da prisão, o
governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), encaminhou
ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) um documento
assinado de próprio punho em
que se compromete a ficar licenciado do cargo até a conclusão das investigações do mensalão do DEM.
O mesmo pedido foi levado à
Câmara do DF, que abriu processo de impeachment contra
Arruda, acusado de chefiar o
esquema de corrupção. Ele está
preso sob a suspeita de subornar uma das testemunhas do
inquérito que apura o caso.
Hoje o Supremo vai julgar o
pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do governador afastado. O relator do caso,
ministro Marco Aurélio Mello,
já havia negado a medida em
caráter liminar. Agora, toda a
corte, formada por 11 ministros, vai julgar o pedido.
O documento com o compromisso de se licenciar do cargo,
segundo ministros da corte ouvidos pela Folha, em nada interfere no julgamento, que vai
analisar a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que
levou Arruda à prisão. Para o
tribunal, a prisão era necessária pela preservação do inquérito criminal.
Nélio Machado, um dos advogados de Arruda, disse que o
compromisso pode ajudá-lo a
conseguir a liberdade. "O que
ele quer é voltar para casa."
Texto Anterior: Projeto usa dinâmica dos ministros do STF para mostrar lentidão Próximo Texto: Aécio inaugura nova sede de governo de R$ 1,7 bilhão Índice
|