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REVOADA TUCANA
Presentes dados a Alckmin farão parte de memorial em Pindamonhangaba
Tucano ganha "museu" no interior
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO
Cerca de cem tucaninhos de
madeira, vidro e plástico recebidos de presente nos últimos anos
pelo ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) foram desalojados ontem do Palácio dos Bandeirantes. Mas já têm outro lar
garantido: uma ala do museu
histórico de Pindamonhangaba,
cidade do interior paulista onde
o agora candidato à Presidência
iniciou sua carreira política.
Os tucaninhos se juntarão a
outras 2.000 peças que Alckmin
ganhou durante seus 12 anos como vice e governador. Elas serão
expostas em três salas do museu,
que está em reforma e funciona
em um palacete do século 19.
Sonia Carneiro, uma das servidoras que cuida desses presentes
no Bandeirantes, diz que há troféus, quadros, imagens de santos, placas e até esculturas e desenhos feitos por crianças: "Tem
um presente que ele ganhou de
uma criança chamado "dom ratão". É um ratinho comendo
queijo na tampa de um pote de
maionese. Uma gracinha. Ele
guarda tudo o que ganha".
Segundo a assessora do museu,
Seres Salles, a direção decidiu separar as salas para o "Memorial
Geraldo Alckmin" quando o então governador disse que doaria
esse acervo à cidade. "Achei que
uma sala daria, mas, quando vi o
número de honrarias, decidimos
separar três", afirma.
O prefeito de Pindamonhangaba, João Salgado Ribeiro
(PPS), irmão de um importante
assessor de Alckmin, diz que o
ex-governador "é uma figura
que merece espaço". Segundo
ele, o memorial destinado ao tucano dividirá espaço, no museu,
com acervos de outros cidadãos
ilustres do município.
"O João do Pulo [1952-1999, recordista mundial de salto triplo]
e o doutor Emílio Ribas [1862-1925, sanitarista] terão seu espaço também. O próprio Mazzaropi [1912-1981, ator e cineasta conhecido por interpretar o personagem "Jeca Tatu"] estará no
museu, pela relação que teve
com Pindamonhangaba."
Ele afirma não haver motivação eleitoral na inauguração,
que, segundo diz, deve acontecer
quando as reformas terminarem. "Não há previsão [para o
fim das obras]. Mas aqui em Pinda ele [Alckmin] não precisa disso para se promover."
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