São Paulo, terça-feira, 04 de abril de 2006

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REVOADA TUCANA

Presentes dados a Alckmin farão parte de memorial em Pindamonhangaba

Tucano ganha "museu" no interior

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO

Cerca de cem tucaninhos de madeira, vidro e plástico recebidos de presente nos últimos anos pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foram desalojados ontem do Palácio dos Bandeirantes. Mas já têm outro lar garantido: uma ala do museu histórico de Pindamonhangaba, cidade do interior paulista onde o agora candidato à Presidência iniciou sua carreira política.
Os tucaninhos se juntarão a outras 2.000 peças que Alckmin ganhou durante seus 12 anos como vice e governador. Elas serão expostas em três salas do museu, que está em reforma e funciona em um palacete do século 19.
Sonia Carneiro, uma das servidoras que cuida desses presentes no Bandeirantes, diz que há troféus, quadros, imagens de santos, placas e até esculturas e desenhos feitos por crianças: "Tem um presente que ele ganhou de uma criança chamado "dom ratão". É um ratinho comendo queijo na tampa de um pote de maionese. Uma gracinha. Ele guarda tudo o que ganha".
Segundo a assessora do museu, Seres Salles, a direção decidiu separar as salas para o "Memorial Geraldo Alckmin" quando o então governador disse que doaria esse acervo à cidade. "Achei que uma sala daria, mas, quando vi o número de honrarias, decidimos separar três", afirma.
O prefeito de Pindamonhangaba, João Salgado Ribeiro (PPS), irmão de um importante assessor de Alckmin, diz que o ex-governador "é uma figura que merece espaço". Segundo ele, o memorial destinado ao tucano dividirá espaço, no museu, com acervos de outros cidadãos ilustres do município.
"O João do Pulo [1952-1999, recordista mundial de salto triplo] e o doutor Emílio Ribas [1862-1925, sanitarista] terão seu espaço também. O próprio Mazzaropi [1912-1981, ator e cineasta conhecido por interpretar o personagem "Jeca Tatu"] estará no museu, pela relação que teve com Pindamonhangaba."
Ele afirma não haver motivação eleitoral na inauguração, que, segundo diz, deve acontecer quando as reformas terminarem. "Não há previsão [para o fim das obras]. Mas aqui em Pinda ele [Alckmin] não precisa disso para se promover."


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