DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que não iria "aproveitar" a crise aérea para fazer críticas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu não vou me aproveitar politicamente dessa crise, porque ela é extremamente grave."
Aécio disse, no entanto, que é preciso que o governo tenha posições "mais firmes" e atribuiu essa crise aos "contingenciamentos feitos no passado que impediram a modernização do sistema".
Ao se referir à cogitada CPI da crise aérea, ele afirmou esperar que ela sirva como "instrumento de busca de soluções" e que governo e oposição se entendam acerca dos limites da investigação.
"Não vejo que o governo deva considerá-la como um atentado contra a governabilidade. A crise é séria e eu acho que aqui há espaço para que haja um entendimento com as oposições."
O governador elogiou a decisão de desmilitarizar o controle aéreo, mas afirmou que ela vem com atraso. "A transferência para o comando civil dos controladores de vôo era uma demanda histórica de muito tempo. Infelizmente precisou chegar ao caos absoluto para que essa decisão fosse tomada, mas é uma decisão correta, não vamos contestá-la, está no caminho correto -aliás, no caminho do que ocorre no mundo", afirmou Aécio.


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