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TSE dificulta manobra de cassados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) irá dificultar nestas eleições
uma manobra pela qual os candidatos cassados por abuso ou irregularidade na campanha poderiam garantir a posse e o exercício
do mandato para o qual tenham
sido eleitos por meio do adiamento do desfecho dos processos movidos contra eles.
É uma nova orientação do tribunal, que antes só rejeitava a diplomação do eleito se não houvesse mais possibilidades de recursos para mudar a sentença.
Normalmente, os processos são
encerrados ao menos três anos
depois das eleições, quando o
mandato, em geral de quatro
anos, está quase terminando, o
que é visto como um incentivo à
impunidade.
Em um caso raro em que houve
punição, o ex-governador Francisco de Assis de Moraes Souza
(PMDB-PI), o Mão Santa, perdeu
o mandato em novembro de 2001
devido a condenação por abuso
de poder econômico e político na
campanha à reeleição, em 98.
O entendimento anterior do
TSE permitia que os empossados
protelassem o desfecho de eventuais processos para concluir o
mandato. A tramitação em ao
menos duas instâncias -Tribunal Regional Eleitoral e TSE- favorece o atraso.
O novo entendimento já havia
surgido no julgamento de casos
específicos. Anteontem, o tribunal reforçou a posição ao responder a uma consulta do deputado
Bispo Rodrigues (PL-RJ).
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