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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Diferença no Estado diminui de 18 para 9 pontos; no segundo turno, tucano vence por 52% a 36%
Vantagem de Alckmin sobre Lula cai em SP, diz Ibope
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A vantagem do ex-governador
Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial
caiu, no Estado de São Paulo, de
18 pontos percentuais para 9, segundo levantamento do Ibope divulgado ontem. Alckmin, que tinha 46% da preferência segundo
o levantamento anterior -divulgado no dia 6 de abril-, oscilou
negativamente para 42%. O presidente Lula, que tinha 28%, está
hoje com 33%.
Nesse mesmo cenário, estão
tecnicamente empatados o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB), com 4% das intenções de voto; Heloísa Helena
(PSOL), 3%; Enéas (Prona), 2%; e
Roberto Freire, 1%.
Num segundo cenário pesquisado, em que Garotinho é substituído pelo ex-presidente Itamar
Franco (PMDB), não há alterações significativas nas intenções
de voto. Alckmin fica com 43%, e
Lula, com 34%.
Num eventual segundo turno,
52% dos paulistas declararam que
votariam em Alckmin, e 36% manifestam preferência pelo presidente. Em relação ao levantamento anterior, Alckmin recuou três
pontos e Lula avançou cinco.
O pré-candidato mais rejeitado
pelos paulistas, segundo a pesquisa, é Garotinho, com 39%. Lula
tem 33% de índice de rejeição, e
Alckmin, 11%. O levantamento
foi encomendado pelo Sindicado
das Empresas de Transporte de
Cargas de São Paulo e Região
(Setcesp).
De acordo com Maurício Tadeu
Garcia, gerente de projetos do
Ibope, ainda não é possível falar
em uma queda de Alckmin ou de
um avanço de Lula no cenário
eleitoral, já que as variações dos
candidatos ocorreram dentro da
margem de erro, de três pontos
percentuais para mais ou para
menos -Lula, por exemplo, pode ter de 30% a 36% das intenções
de voto, e em abril poderia ter de
25% a 31%. "Os percentuais de intenção de voto estão dentro da
margem de erro, porém podem
indicar uma tendência importante. Isso só poderá ser confirmado
numa próxima pesquisa", disse.
O levantamento ouviu 1.264
pessoas de 63 municípios paulistas entre os dias 28 e 30 de abril.
Na sexta-feira, dia 28, Lula estava
em São Paulo e cumpria pesada
agenda de candidato. Ao mesmo
tempo, a cidade abrigava o 13º
Encontro Nacional do PT. Alckmin, por sua vez, fez campanha
no Nordeste no fim de semana.
Perfil
A pesquisa revela que Alckmin
perde quando os pesquisados são
da região classificada como "periferia" -que inclui cidades vizinhas à capital, entre elas as do
Grande ABC, onde Lula construiu
sua carreira política como líder
sindical. Nessa região, o petista lidera por 44% a 33%. Na capital,
Alckmin vence por 42% a 35%, e
no interior, por 45% a 29%.
O ex-governador paulista tem
34 pontos percentuais de vantagem sobre Lula entre os entrevistados com nível superior de instrução, enquanto ambos estão
empatados entre aqueles com até
a quarta série fundamental (Alckmin, 38%; Lula, 36%).
Alckmin disse ontem que não se
sente pressionado a mudar a estratégia eleitoral por conta da
queda nas pesquisas. "Não vou
mudar, nunca vi ninguém ganhar
eleição baseado no ataque ao adversário. Em política você não
obriga, você conquista." O ex-governador atribuiu sua situação
nas pesquisas à propaganda maciça de Lula. O tucano afirmou
ainda que o quadro será revertido
com o início da propaganda eleitoral em rádio e televisão.
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