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Assembleia do Paraná é investigada por nomear criança
Rombo com fantasmas chega a R$ 13 mi, afirma Promotoria
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Documento que integra denúncia feita ontem à Justiça
pelo Ministério Público do Paraná aponta que até uma criança de 7 anos foi nomeada funcionária comissionada da Assembleia Legislativa do Estado.
Priscila da Silva Matos Peixoto tem hoje 22 anos. Em depoimento, confirmou ter sido funcionária da Assembleia, mas
entre 2007 e 2009.
O nome de Priscila foi localizado, segundo o Gaeco (Grupo
de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em
atos de nomeação de funcionários comissionados da diretoria-geral da Casa, em 1994,
quando ela era uma criança.
Priscila é filha de João Leal
de Matos, funcionário da diretoria-geral da Assembleia e
apontado pelo Ministério Público como o intermediário que
repassava nomes e documentos de familiares para serem
nomeados. A Folha não localizou o advogado de Matos.
O nome de Priscila, segundo
promotores, integra uma lista
de funcionários-fantasmas nomeados sob suspeita, que já
tem cerca de 50 pessoas.
A denúncia contra os suspeitos foi remetida ontem à Justiça Estadual. Ela cita o ex-diretor-geral da Casa Abib Miguel
-preso há nove dias-, dois ex-auxiliares e seis pessoas de
uma mesma família, que teriam cedido seus nomes.
A Promotoria os responsabiliza por um rombo de R$ 13 milhões com pagamentos de salários a funcionários-fantasmas.
O advogado de Abib Miguel
disse que não se manifestaria.
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