São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2007 |
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Toda Mídia Nelson de Sá "Lula" e as baforadas
Era chamada para o artigo de Lula, dando o Brasil e a Índia como "atores indispensáveis para remodelar a ordem econômica e política mundiais". E tome multilateralismo, Rodada Doha, Conselho de Segurança, indústria farmacêutica e -claro- biocombustíveis. O texto foi até manchete ao longo do domingo frio por sites e portais do Brasil. Sem o artigo do concorrente "The Hindu", o "Times of India" deu uma entrevista curiosa, nas descrições do personagem "conhecido em toda parte por "Lula'". "Soltando baforadas das cigarrilhas finas e marrons que gosta de fumar em desafio à liderança brasileira na campanha antifumo da OMS", lembrou a primeira viagem e a "amizade" do primeiro-ministro. "Com as imagens coloridas que o tornaram líder natural desde os tempos de sindicalista", tripudiou sobre os críticos da diplomacia Sul-Sul e do G20, liderado por ambos. EMBRAER E A CHÍNDIA O "Times of India" destaca que Lula, em suas respostas, deixou claro que a relação com a Índia seria "especial", mas igual àquela com a China. É o que a Índia quer, noticia a BBC Brasil, pelo menos com relação à Embraer, que viajou na comitiva de uma centena de empresários levados pela "poderosa CNI". Também quer uma fábrica de aviões e acena com encomendas às centenas na próxima década. INVEJA DE BRIC De outro lado, a Bloomberg deu artigo sobre a "inveja de Bric" -acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China, "fadados a virarem as superpotências". A inveja, no caso, é do Brasil de Lula em relação às taxas de crescimento de Índia e China. O longo texto fala dos esforços e das barreiras -de educação a infra-estrutura e corrupção. Sobretudo, argumenta que China e Índia vão estimular o novo crescimento brasileiro. A MARAVILHA DA CANA Lula assina sem parar, em jornais estrangeiros. Na sexta foi o artigo "A maravilha da cana-de-açúcar", no britânico "Guardian".
Para público diverso, o argumento em favor do álcool combustível foi ambiental, não comercial. Saiu no dia em que o editorial "Biocombustíveis não precisam nos deixar famintos", do
"Financial Times",
questionou o etanol de milho e as barreiras que EUA, levados por seus fazendeiros, e União Européia impõem ao etanol de cana.
Já fazia manchetes ontem, do site do "FT" à BBC, o movimento contra a reunião do G8, dos sete países ricos mais a Rússia. "É o pior tumulto em décadas, na Alemanha", dizia o site, contra "o maior esquema de segurança desde a Segunda Guerra", dizia o canal. Os manifestantes concentram cobertura no Indymedia alemão, em várias línguas, com os choques e os eventos, tipo Dia de Ação da Agricultura, com "oradores do Brasil". POR QUÊ? "Miss USA" surgiu em meio às concorrentes de Brasil e Venezuela, no alto da home do "New York Times", sob o título "Por que eles a vaiaram no México". Dizendo que ela não tem "poder para declarar guerra", o jornal ouviu desde Jorge Castañeda até Donald Trump, ele que presenciou a "assombrosa hostilidade", para defender a jovem -cujas vaias já ecoam pelo YouTube. NUNCA MAIS O mesmo "NYT" noticiou anteontem o indiciamento por um juiz federal brasileiro dos dois pilotos americanos do Legacy, pelo acidente que matou os 154 passageiros do Boeing da Gol. O jornal ouviu do advogado dos pilotos, que moram em Long Island, no subúrbio de Nova York, que o crime mencionado "não é um dos listados no tratado de extradição de EUA e Brasil". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Protestos na Alemanha miram agora transgênicos Próximo Texto: Entrevista da 2ª - Gilberto Leifert: Restrições à publicidade contrariam a Constituição Índice |
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