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Enquadrado, Minc recua nos ataques aos colegas de governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao centro de uma mesa em
que comandava outros dez colegas de Esplanada, a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil)
aproveitou um novo balanço do
PAC para presidir uma tentativa de demonstração de sintonia
entre os ministros Carlos Minc
(Meio Ambiente) e Alfredo
Nascimento (Transportes).
Ambos vivem uma disputa
em torno dos licenciamentos
para projetos de infraestrutura,
em especial na BR-319, entre
Manaus e Porto Velho, obra
que sofre a oposição de Minc no
Amazonas, Estado de Alfredo
Nascimento.
Nos últimos dias, o primeiro
chegou a dizer que os ministros
pegavam suas "machadinhas"
para ir ao Congresso "esquartejar" a lei ambiental e reclamou
de Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger
(Assuntos Estratégicos).
"Minhas opiniões são importantes para mim, meus amigos
e meus eleitores", disse Minc
ao afirmar ter dado licenças para obras das quais discordava.
O ministro já havia mostrado
seu novo tom durante o evento:
"Estamos agilizando [os licenciamentos] sem perder a ternura e mantendo o rigor", disse.
Antes do início do balanço do
PAC, o mal-estar entre Minc e
Nascimento teve momentos de
tensão. O primeiro procurou
conversar com o segundo, fazendo sinal de que desejava
cumprimentá-lo. Nascimento
recusou o aperto de mão do colega e teria dito que se sentiu
ofendido por Minc ter afirmado que ele é amigo de empreiteiras. Minc insistiu em conversar, e Nascimento rejeitou.
Assessores e ministros intervieram para evitar uma briga.
Minc disse que a partir daquele
momento só teria conversas
institucionais com o colega.
No ato, Nascimento adotou
um tom conciliatório. "Nós sabemos a importância de preservar o meio ambiente". Sobre
a BR-319, disse que não irá
"derrubar nenhuma árvore".
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