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JUSTIÇA
Opinião pública não pode guiar júri, diz Mendes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem citar o colega Joaquim Barbosa, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar
Mendes, fez uma referência à recente discussão entre os dois, dizendo que as
decisões não podem ser
tomadas por consequência do "apelo das ruas".
"É natural (...) que alguns imaginem que fazer
justiça é ouvir as ruas, que
fazer justiça é atender a
determinados segmentos.
Mas os senhores não podem ser julgados e transformados em criminosos,
condenados, porque um
juiz acha que está atendendo aos apelos da rua",
disse Mendes, durante audiência pública no Senado.
Em meados de abril,
Barbosa e Mendes protagonizaram um dos mais
duros bate-bocas entre
dois ministros durante um
julgamento da corte. Barbosa disse ao colega que
ele estava "destruindo a
credibilidade do Judiciário brasileiro" e que Mendes deveria "sair à rua".
Em contrapartida, Barbosa foi acusado de fazer
julgamentos conforme a
classe dos envolvidos, o
que, para Mendes, é "populismo judicial".
Ontem, Mendes disse
que nem mesmo os congressistas devem legislar
de acordo com a opinião
pública, mas baseados nos
princípios da democracia.
"Dependendo da história que se conta, a opinião
pública aplaude até linchamento. Julgamento se
faz é com contraditório.
Não se faz em bar."
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