São Paulo, sábado, 4 de julho de 1998

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PRIVATIZAÇÃO
Aceitam vender ações da Ceterp
Fundos têm estratégia para leilão

FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília

Os fundos de pensão da Embratel (Telos), da Telebrás (Sistel) e do Banco do Brasil (Previ) definiram ontem a estratégia de participação no leilão de venda da empresa telefônica Ceterp, que pertence à Prefeitura de Ribeirão Preto (SP).
Eles aceitam vender as ações que possuem (46% das ações ordinárias, que dão direito a voto) pela melhor opção entre 70% do preço de avaliação das ações da prefeitura ou por R$ 12 pelo bloco de mil ações ordinárias.
Os fundos e a prefeitura não se entendem sobre a privatização da Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto), que está marcada para o próximo dia 24.
A partir de um acordo firmado pelo ex-prefeito Antônio Palocci Filho (PT), os três fundos afirmam ter o direito de preferência na compra das ações da prefeitura.
O documento também prevê que as ações dos fundos serão oferecidas no mesmo leilão e pelo mesmo preço de venda das ações da prefeitura -que ainda não concluiu a avaliação sobre seu patrimônio.
Os fundos recuaram sobre esse segundo ponto do documento, mas continuam insistindo em ter preferência na compra das ações da prefeitura.
O prefeito de Ribeirão Preto, Luiz Roberto Jábali (PSDB), é contra o acordo. O documento não foi reconhecido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
A venda das ações da Ceterp feita pela administração petista foi criticada pelo ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações).
Segundo ele, o preço da linha telefônica da Ceterp calculado a partir do preço de venda das ações ficou 75,5% abaixo do padrão internacional: R$ 784 por linha da Ceterp contra R$ 3.200 por linha na média internacional.
O impasse nas negociações entre o prefeito de Ribeirão e representantes dos fundos de pensão atrasou a divulgação do edital para a privatização da empresa.



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