|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRIVATIZAÇÃO
Aceitam vender ações da Ceterp
Fundos têm
estratégia
para leilão
FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília
Os fundos de pensão da Embratel (Telos), da Telebrás (Sistel) e
do Banco do Brasil (Previ) definiram ontem a estratégia de participação no leilão de venda da empresa telefônica Ceterp, que pertence à Prefeitura de Ribeirão Preto (SP).
Eles aceitam vender as ações que
possuem (46% das ações ordinárias, que dão direito a voto) pela
melhor opção entre 70% do preço
de avaliação das ações da prefeitura ou por R$ 12 pelo bloco de mil
ações ordinárias.
Os fundos e a prefeitura não se
entendem sobre a privatização da
Ceterp (Centrais Telefônicas de
Ribeirão Preto), que está marcada
para o próximo dia 24.
A partir de um acordo firmado
pelo ex-prefeito Antônio Palocci
Filho (PT), os três fundos afirmam
ter o direito de preferência na
compra das ações da prefeitura.
O documento também prevê
que as ações dos fundos serão oferecidas no mesmo leilão e pelo
mesmo preço de venda das ações
da prefeitura -que ainda não
concluiu a avaliação sobre seu patrimônio.
Os fundos recuaram sobre esse
segundo ponto do documento,
mas continuam insistindo em ter
preferência na compra das ações
da prefeitura.
O prefeito de Ribeirão Preto,
Luiz Roberto Jábali (PSDB), é contra o acordo. O documento não foi
reconhecido pelo Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo.
A venda das ações da Ceterp feita
pela administração petista foi criticada pelo ministro Luiz Carlos
Mendonça de Barros (Comunicações).
Segundo ele, o preço da linha telefônica da Ceterp calculado a partir do preço de venda das ações ficou 75,5% abaixo do padrão internacional: R$ 784 por linha da Ceterp contra R$ 3.200 por linha na
média internacional.
O impasse nas negociações entre
o prefeito de Ribeirão e representantes dos fundos de pensão atrasou a divulgação do edital para a
privatização da empresa.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|