São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999
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Ajustes em elementos gráficos visam evitar perda de conteúdo

da Reportagem Local
A redução na largura do jornal será acompanhada pela adoção de ajustes nos elementos gráficos básicos da Folha, como títulos e letras. Essas modificações estão sendo adotadas para evitar que a leitura do jornal se torne mais difícil ou haja perda de conteúdo para o leitor.
A Direção de Redação da Folha decidiu não diminuir os elementos gráficos da página do jornal na mesma proporção da diminuição da largura da página. Se fosse tomada essa decisão, a leitura ficaria prejudicada, tornando as letras menores.
Foram feitos diversos estudos com vistas a manter a legibilidade, a clareza gráfica e a proporcionalidade entre os diversos elementos dentro do novo formato.
Considerando uma página atual hipotética, inteiramente preenchida de texto, a perda com o novo formato, no caso da Folha, seria de apenas 3,1%.
Como a página é composta por outros elementos, como logotipos de cadernos, títulos, fotos e gráficos, a perda pode ser diluída com mínimas adaptações na diagramação, ou seja, no modo como esses elementos estarão combinados.
"Se mantivéssemos os elementos atuais no novo formato, a perda seria de cerca de 7,8%", Vincenzo Scarpellini, secretário-assistente de Redação, responsável pelas adaptações gráficas na Folha em conjunto com o diagramador Jair de Oliveira.
Entre as mudanças adotadas, algumas das mais importantes foram tomadas em relação à Primeira Página do jornal, segundo Scarpellini.
Foi mudado, por exemplo, o peso das letras usadas nos títulos. "A Primeira vai ganhar também um certo respiro, porque vai aumentar a distância entre os títulos e os textos. As letras dos títulos também vão ficar mais distantes das fotos e ilustrações", diz Scarpellini.
Uma das medidas adotadas pelo jornal será a condensação de 99% nas letras (cada letra será 1% mais estreita na largura). Com isso, será possível manter o mesmo corpo (o tamanho das letras) usado pelo jornal. Reduzir o corpo tornaria a leitura mais difícil.
Também será reduzida a distância entre as letras. Essa medida poderá ajudar o leitor, diz Scarpellini, pois a leitura é feita por palavras, e não letra por letra.
A distribuição do texto nas colunas também terá novos parâmetros, evitando separações exageradas entre as palavras, como às vezes ocorre.
Esta não é a primeira vez que a Folha altera o tamanho das suas páginas. Desde 1960 (quando três jornais da mesma empresa foram fundidos e adotado o nome Folha de S.Paulo), já ocorreram pelo menos sete modificações no tamanho das páginas e da área impressa do jornal.
A mais recente foi feita em 1996, quando houve uma redução na altura total (que passou de 56,4 cm para os atuais 56 cm) e na altura da área impressa (de 53,5 cm para 53 cm).
Durante cerca de um mês, a Folha e os outros jornais deverão trazer dois formatos de papel, o novo e o antigo. Isso deve-se à necessidade de escoar o estoque de papel em bobinas do tamanho antigo que cada empresa jornalística mantém.


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