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Ajustes em elementos gráficos
visam evitar perda de conteúdo
da Reportagem Local
A redução na largura do jornal
será acompanhada pela adoção de
ajustes nos elementos gráficos básicos da Folha, como títulos e letras. Essas modificações estão sendo adotadas para evitar que a leitura do jornal se torne mais difícil ou
haja perda de conteúdo para o leitor.
A Direção de Redação da Folha
decidiu não diminuir os elementos
gráficos da página do jornal na
mesma proporção da diminuição
da largura da página. Se fosse tomada essa decisão, a leitura ficaria
prejudicada, tornando as letras
menores.
Foram feitos diversos estudos
com vistas a manter a legibilidade,
a clareza gráfica e a proporcionalidade entre os diversos elementos
dentro do novo formato.
Considerando uma página atual
hipotética, inteiramente preenchida de texto, a perda com o novo
formato, no caso da Folha, seria de
apenas 3,1%.
Como a página é composta por
outros elementos, como logotipos
de cadernos, títulos, fotos e gráficos, a perda pode ser diluída com
mínimas adaptações na diagramação, ou seja, no modo como esses
elementos estarão combinados.
"Se mantivéssemos os elementos
atuais no novo formato, a perda
seria de cerca de 7,8%", Vincenzo
Scarpellini, secretário-assistente
de Redação, responsável pelas
adaptações gráficas na Folha em
conjunto com o diagramador Jair
de Oliveira.
Entre as mudanças adotadas, algumas das mais importantes foram tomadas em relação à Primeira Página do jornal, segundo Scarpellini.
Foi mudado, por exemplo, o peso das letras usadas nos títulos. "A
Primeira vai ganhar também um
certo respiro, porque vai aumentar a distância entre os títulos e os
textos. As letras dos títulos também vão ficar mais distantes das
fotos e ilustrações", diz Scarpellini.
Uma das medidas adotadas pelo
jornal será a condensação de 99%
nas letras (cada letra será 1% mais
estreita na largura). Com isso, será
possível manter o mesmo corpo (o
tamanho das letras) usado pelo
jornal. Reduzir o corpo tornaria a
leitura mais difícil.
Também será reduzida a distância entre as letras. Essa medida poderá ajudar o leitor, diz Scarpellini, pois a leitura é feita por palavras, e não letra por letra.
A distribuição do texto nas colunas também terá novos parâmetros, evitando separações exageradas entre as palavras, como às vezes ocorre.
Esta não é a primeira vez que a
Folha altera o tamanho das suas
páginas. Desde 1960 (quando três
jornais da mesma empresa foram
fundidos e adotado o nome Folha
de S.Paulo), já ocorreram pelo menos sete modificações no tamanho
das páginas e da área impressa do
jornal.
A mais recente foi feita em 1996,
quando houve uma redução na altura total (que passou de 56,4 cm
para os atuais 56 cm) e na altura da
área impressa (de 53,5 cm para 53
cm).
Durante cerca de um mês, a Folha e os outros jornais deverão trazer dois formatos de papel, o novo
e o antigo. Isso deve-se à necessidade de escoar o estoque de papel
em bobinas do tamanho antigo
que cada empresa jornalística
mantém.
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