|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para Maluf, Serra não tem o que mostrar na TV
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PP à Prefeitura
de São Paulo, Paulo Maluf, voltou
ontem a dirigir seus ataques ao
adversário José Serra (PSDB) e
afirmou que a campanha do tucano na TV será um "livro branco".
A afirmação foi feita depois de
Maluf ter sido questionado se sua
candidatura pode ser prejudicada
pelo pouco tempo na TV (5min
14s) a partir do dia 17. Serra terá
quase o triplo (14min25s).
"Muito tempo na televisão é
ruim para quem não fez nada e
tem apenas um livro branco para
mostrar aos eleitores. O livro precisa estar escrito", disse Maluf,
acrescentando que lembrará aos
eleitores que construiu "piscinões, minhocões e avenidas",
obras que chamou de "filhas".
Em seguida, citou a candidatura
de José Serra à prefeitura paulistana em 1996. "Um dos maiores
tempos de TV era de Serra, quando o presidente era Fernando
Henrique e o governador era Mário Covas [ambos do PSDB]. Ele
era ministro do Planejamento e
senador recém-eleito. Mesmo
com tudo isso, nem foi para o segundo turno. Erundina, com bem
menos tempo, ficou na frente."
Ainda atacando o tucano, Paulo
Maluf lembrou que, no início do
ano, Fernando Henrique Cardoso
afirmou que Serra não tinha intenção de ser prefeito.
Ele deu as declarações ontem à
tarde no Jardim Peri (zona norte),
depois de visitar uma pequena fábrica de tecidos. O dono ofereceu
ao candidato comidas árabes, como quibe cru e esfirras.
Mais cedo, a candidata Luiza
Erundina (PSB) havia dito que a
idéia de Maluf de municipalizar a
segurança pública foi copiada de
uma PEC (Proposta de Emenda
Constitucional) que ela apresentou ao Congresso em 1999: "É estranho que um candidato que já
teve mandato até de deputado e
não fez nada venha falar disso".
Maluf respondeu: "Quando ela
foi eleita prefeita em 1988, eu já tinha sido eleito governador em
1978. Portanto, entendo muito
mais de segurança do que ela".
Ontem, o ex-prefeito foi entrevistado no "SPTV", da Rede Globo. Quem participa do telejornal
hoje é Marta Suplicy (PT).
Texto Anterior: PSDB reforça campanha de rua para tentar crescer em redutos petistas Próximo Texto: Ralo público: Estado paga mais que recebe de BID e Bird Índice
|