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Disputa na Câmara adia indicação de integrantes do CNJ e do CNMP
PP recorreu ao STF para barrar a nomeação de promotor ligado a Aécio Neves
DA REPORTAGEM LOCAL
Embates políticos na Câmara
dos Deputados emperram a indicação de novos membros para os conselhos de controle do
Ministério Público e da Justiça.
Desde os dias 14 e 21 de julho,
respectivamente, o CNJ (Conselho Nacional da Justiça) e o
CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público) funcionam
sem os representantes da Casa.
A celeuma começou quando
o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), atendendo a
um pedido do governador mineiro, Aécio Neves (PSDB),
apoiou o promotor Leonardo
Duque Barbabela, de Minas
Gerais, para a vaga no conselho
do Ministério Público.
O PP, que apóia o advogado e
ex-membro do conselho Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para barrar a indicação.
A sigla argumentou que, pela
Constituição, a vaga da Câmara
é destinada a "cidadão de notável saber jurídico e reputação
ilibada". Para o Ministério Público, sustentou, a lei já reservou oito vagas.
Em caráter liminar (provisório), o ministro do STF Celso de
Mello vetou a participação de
promotores na disputa. A decisão ainda vai a plenário.
Anteontem, o STF rejeitou o
pedido do promotor mineiro
para que a liminar fosse derrubada. Chinaglia disse que, para
os dois conselhos, irá aguardar
a decisão final do órgão.
No CNJ, Chinaglia apóia o
advogado Marcelo Nobre, que
trabalhou na administração da
prefeita Marta Suplicy (PT) em
São Paulo e é filho do ex-deputado Freitas Nobre.
O PC do B e parte do PT defendem a indicação do defensor
público José Garcia de Souza. O
DEM apóia o advogado tributarista Helenilson Pontes.
(LC)
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