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PF é acionada para fazer Paulinho depor
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O sindicalista e vice do presidenciável Ciro Gomes (PPS), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, foi
intimado a depor na próxima sexta sobre supostas irregularidades
envolvendo a Força Sindical durante sua gestão como presidente.
O procurador da República em
Marília (interior de São Paulo),
Célio Vieira da Silva, acionou ontem a Polícia Federal para que esta conduza coercitivamente o sindicalista caso ele falte ao depoimento e para que seja instaurado
um inquérito penal de eventual
crime por desobediência.
Segundo o procurador, Paulinho faltou a duas audiências sem
apresentar justificativa. A punição prevista para esse tipo de crime é de 15 dias a seis meses de detenção, além de multa.
A investigação do Ministério
Público Federal é sobre a suposta
compra superfaturada da Fazenda Ceres, em Pirajú (SP), em abril
de 2001, durante a gestão de Paulinho na presidência da Força.
Como resposta à investigação
movida pelo Ministério Público, o
sindicalista acusou ontem o procurador de agir com "imparcialidade", "incoerência" e, segundo
ele, "motivado por interesses eleitorais para prejudicar sua campanha" com Ciro Gomes.
"Não prestei depoimento simplesmente porque não fui intimado", disse Paulinho.
Ao ser questionado pela reportagem sobre a primeira intimação, que recebeu pessoalmente
durante um evento público em
Marília, afirmou que faltou por
orientação de seu advogado, Antonio Rosella.
"Pedimos para ter acesso à investigação do Ministério Público.
Se estou sendo acusado, quero saber o motivo. Mas o procurador
não permitiu que meu advogado
visse os documentos. Agora, que
já sei tudo pela imprensa, posso
comparecer, sem problemas."
A segunda intimação foi recebida por meio do advogado do sindicalista. "Mas eu não sou Paulinho. Por isso, esse comunicado
não valeu", afirmou Rosella.
O vice de Ciro repetiu várias vezes que não tem envolvimento
com as supostas irregularidades
apuradas pelo Ministério Público.
"A Força Sindical não comprou
essa fazenda. Mesmo assim, o
procurador vem a São Paulo e faz
um estardalhaço na imprensa.
Não sei a serviço de quem ele está", disse Paulinho. Segundo ele, a
acusação "só ganhou destaque"
por se tratar de período eleitoral.
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