DA REDAÇÃO

Contrariando expectativas que davam como certa a eleição de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), Severino Cavalcanti se elegeu presidente da Câmara em fevereiro deste ano, com 300 votos contra 195 do petista, no segundo turno.
O apoio da oposição foi fundamental: o PSDB não lançou candidato próprio, e o pefelista José Carlos Aleluia (BA) teve apenas 53 votos. O governo apelou aos oposicionistas que votassem em Greenhalgh para preservar a instituição. Não deu certo: "Quero mais é que o PT se ferre", chegou a dizer a tucana Zulaiê Cobra (SP).
No cargo, Severino flutuou entre a oposição e o governo de acordo com a sua conveniência. Negociou para apadrinhar aliados no ministério e em "diretoria que fura poço e acha petróleo". Desatendido, articulou derrotas do governo.
Sem base no Congresso, Lula finalmente cedeu e nomeou um indicado por Severino para a pasta de Cidades. Após a entrevista que deu na semana passada à Folha, Severino foi criticado pela oposição ao propor punição branda para os deputados sob suspeita e ajudou a tirar o foco da crise do Palácio do Planalto, principal aliado dele para permanecer no cargo.

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