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Lacerda quer
que Abin possa
fazer escutas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo diretor-geral da
Abin (Agência Brasileira de
Inteligência), Paulo Lacerda,
disse ontem ser favorável
que o órgão possa fazer, em
casos excepcionais, escutas
telefônicas. Os casos "especialíssimos", segundo ele, seriam casos de suspeita de terrorismo e sabotagem.
"Em casos especialíssimos, com extremo rigor,
penso que esse tipo de instrumento deve ser permitido
à Abin", disse Lacerda.
Hoje a agência não tem autorização para fazer grampo.
Lacerda disse que pretende
levar essa discussão para o
Congresso Nacional, que teria de aprovar uma lei autorizando a agência a fazer grampos nesses casos.
Lacerda disse que ouviu do
presidente a disposição de
"dar uma nova cara" para o
órgão. "O presidente prometeu que dará todo apoio, com
estrutura, equipamento, plano de carreira para os servidores da agência, [uma reivindicação antiga]", afirmou
Lacerda, em referência à
reunião que teve com Lula
na quarta-feira da semana
passada.
Conforme a Folha antecipou, Lacerda pretende fazer
a Abin trabalhar em sintonia
com a Inteligência da PF.
Na semana passada, em
discurso de despedida, o então diretor-geral da Abin,
Márcio Buzzaneli, disse aos
servidores do órgão que soube "pelo jornal" que seria
substituído no cargo pelo até
então diretor da PF.
(AM)
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