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Defesa quer reforçar segurança
nas fronteiras da Amazônia
da Sucursal de Brasília
Os recentes conflitos internos
da Colômbia e a instabilidade política da Venezuela reforçaram a
tese de que a defesa das fronteiras
da Amazônia precisa ser fortalecida. O ministro da Defesa, Elcio
Alvares, considera "fundamental" a revitalização do projeto Calha Norte, criado em 1985 pelo então presidente José Sarney com o
objetivo de ocupar as fronteiras.
Alvares diz que vai se empenhar
em convencer o presidente Fernando Henrique Cardoso a destinar mais recursos para o Calha
Norte em 2000. Estão previstos R$
3,7 milhões e o ministro acha que
o "ideal" seria destinar R$ 25 milhões.
"Meu trabalho político será sensibilizar o presidente e comover
os parlamentares da região amazônica para garantir a aprovação
de mais verbas", disse.
Alvares quer levar a FHC sua
"visão política" do projeto, que,
segundo ele, é barato e poderá
"marcar o governo", levando o
desenvolvimento e a presença do
governo às comunidades fronteiriças, hoje praticamente abandonadas.
É o que o ministro chama de
"habitar politicamente" a Amazônia. Para conseguir isso, promete se "tornar um chato".
No próximo dia 8, o ministro
receberá o chefe do Comando Sul
dos Estados Unidos, Charles Wilhelm, que é diretamente subordinado ao secretário de Defesa norte-americano, William Cohen. O
próprio secretário estará no Brasil
no período de 8 a 12 novembro.
Oficialmente, as visitas são de
cortesia, mas a expectativa é que
sejam tratadas as questões da Colômbia e da Venezuela.
Para o ministro da Defesa, o
projeto Calha Norte não só é fundamental para a ocupação estratégica das fronteiras, mas também para o combate ao narcotráfico e à preservação das riquezas
naturais da região.
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