|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PL surgiu como dissidência do PFL
DA REDAÇÃO
O PL (Partido Liberal) surgiu
em 1985, como uma dissidência
do PFL articulada pelo então deputado federal Alvaro Valle (RJ).
Suas bases eleitorais concentradas no Sudeste -onde o PFL era
mais fraco. Em 1986, elegeu seis
deputados federais (1,2%), dos
quais cinco no Rio e um em São
Paulo (Afif Domingos, o terceiro
mais votado no país naquele ano).
No Congresso constituinte (87-88), o partido integrou o bloco
conservador Centrão. Em 1989,
lançou a candidatura de Afif Domingos à Presidência, que ficou
em sexto lugar no primeiro turno,
com 4,8% dos votos, à frente dos
candidatos do PMDB (Ulysses
Guimarães) e PFL (Aureliano
Chaves). No ano seguinte, o partido elegeu 16 deputados federais.
Em 1994, o PL lançou a candidatura de Flávio Rocha à Presidência, mas este renunciou em 10 de
agosto, depois que a Folha revelou seu envolvimento com a venda irregular de bônus eleitorais.
O PL passou a apoiar a candidatura de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Conseguiu eleger
um senador (Romeu Tuma, em
São Paulo), mas sua bancada na
Câmara caiu para 13 deputados.
O PL integrou a base governista
até junho de 1998, quando passou
a apoiar a candidatura de Ciro
Gomes (PPS) à Presidência. Após
a eleição daquele ano, sua bancada na Câmara diminuiu para 12
deputados federais, dos quais 3
eram evangélicos: Silas Câmara
(AM), da Assembléia de Deus;
Glycon Júnior (MG), da Igreja Batista; e Cabo Júlio (MG), da Comunidade Evangélica.
Igreja Universal
Em 1º de fevereiro de 1999, o
coordenador político da Igreja
Universal, bispo Carlos Rodrigues (eleito pelo PFL-RJ), se filiou
ao PL, que passou a liderar um pequeno bloco parlamentar, integrado pelo PSL, PST, PSD e PMN.
O bloco reunia só 17 deputados.
Inicialmente, a bancada na Câmara diminuiu: os evangélicos
eleitos pela legenda deixaram o
partido (que chegou a ter só oito
deputados em outubro de 1999),
enquanto evangélicos de outras
agremiações se concentravam em
partidos aliados ao PL (PST, PSL).
Em 9 de janeiro de 2000, o presidente do PL, Alvaro Valle, morreu, sendo substituído na direção
pelo deputado federal Valdemar
Costa Neto (PL-SP). Após a mudança, o bispo Rodrigues articulou a migração dos evangélicos ao
PL: atingiu 10 deputados em janeiro de 2000, passou a ter 15 em
janeiro de 2001, e tinha ontem 22.
Desses 22, sete são ligados à
Universal e dois à Assembléia de
Deus. Na Câmara, o PL forma um
bloco com o PSL. Dos 5 deputados do PSL, três são evangélicos:
De Velasco (SP), ligado à Universal; Valdeci Paiva (RJ), ligado à
Universal; e Lincoln Portella
(MG), da Igreja Batista Renovada.
Até o mês passado, o PL ainda
apostava na filiação do governador mineiro Itamar Franco ao
partido. O namoro com Itamar
era antigo: em 1º de março de
1999, o bispo Rodrigues, já no PL,
participou de uma reunião com
Itamar, na qual estavam presentes
os deputados De Velasco (PSP-SP), Lincoln Portela (PST-MG) ,
Paulo Gouveia (PST-RS), Valdemar Costa Neto (PL-SP) e Jorge
Pinheiro (PMDB-DF). O encontro terminou com uma oração:
"Oramos para que Jesus abençoe
o seu governo", disse Rodrigues.
No dia 4 de dezembro de 2000,
Itamar recebeu um convite formal para ingressar no PL. O convite foi feito, em encontro no Rio,
pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto (SP),
acompanhado pelo bispo Rodrigues (RJ). Em 17 de setembro deste ano, porém, Itamar anunciou
que ficaria no PMDB, deixando o
PL sem candidato à Presidência.
Texto Anterior: Saiba mais: Tempo na TV já estava definido antes das trocas Próximo Texto: Itamar ameaça sair, ganha cargo e continua no PMDB Índice
|