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EM FOCO
Publicação faz balanço positivo da era FHC e vê petista como símbolo de mobilidade social digna de novela
"The Economist" destaca "saga" de Lula
DA REDAÇÃO
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, é o
tema de capa da edição da revista "The Economist" que chega
hoje às bancas. Com a manchete
"O significado de Lula", a publicação britânica traz editorial e
reportagem sobre o petista, tratado como "o mais provável
vencedor" das eleições no Brasil.
Num balanço do governo Fernando Henrique Cardoso, a reportagem afirma que o país melhorou em diversas áreas, mas
faz ressalvas à atual gestão e diz
que, se vencer, "o trabalho de
Lula será o de continuar e melhorar o pacote de reformas não
finalizado do senhor Cardoso".
Segundo a "The Economist",
um governo bem sucedido de
esquerda no Brasil pode se tornar um modelo para a América
do Sul. "Mas, se Lula ganhar, ele
fará bem em reconhecer que o
sucesso virá tanto da continuidade de políticas quanto das
mudanças", diz a publicação.
Em editorial, a revista afirma
que uma vitória de Lula seria um
"triunfo para a democracia brasileira". Numa região governada
durante muito tempo por generais e pela elite, " a história de vida de Lula é uma saga de mobilidade social digna de uma novela
de TV brasileira", diz.
Segundo a revista, o sucesso de
um eventual governo Lula dependerá da forma como ele conduzirá a economia. O próximo
governo irá receber uma herança difícil, com a desvalorização
do real e a alta dos juros ameaçando tornar a dívida pública
inadministrável. "Sua [de Lula]
conversão para a realidade econômica é recente demais para
estar acima de suspeita e, mesmo sendo verdadeira, sua falta
de experiência pode levá-lo a cometer erros", diz.
A revista destaca ainda que Lula até recentemente elogiava a
Cuba de Fidel Castro. "Mas, para
ter sucesso, ele terá que estabelecer relações de trabalho com os
Estados Unidos."
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