DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Sônia Rao, que defende o ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá e o ex-diretor Ildebrando Crisóstomo da Silva Filho, disse ontem que irá recorrer da sentença do juiz. No processo, a advogada sustenta que a operação não é ilegal pois o Banco Central permite que os bancos façam uma captação maior do que têm em crédito, sem estabelecer um limite. "Se o BC não diz até quanto, qual o limite de captação, não pode existir crime", disse. Sônia Rao acrescentou que, independentemente de entender que não existe crime na captação a mais, seus clientes não participaram da operação. A Folha ligou ontem para a casa do ex-banqueiro, em Salvador. Uma funcionária disse que ele viajou aos EUA e somente retornaria na próxima semana. O advogado Fernando Santana, que defende o ex-vice-presidente José Roberto David de Azevedo, afirmou que seu cliente não trabalhava na captação de recursos e que irá recorrer da sentença. O defensor Leônidas Ribeiro Scholz afirmou que Fernando Prestes não tinha poder de mando: "Ele realizava a parte operacional, sem saber de eventuais irregularidades".