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ESTATAIS
Empresa energética do Sergipe tem o controle acionário arrematado por R$ 577,1 milhões por grupo mineiro
Energipe é privatizada com ágio recorde
CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio
A Energipe (Empresa Energética
de Sergipe) foi privatizada ontem,
na Bolsa do Rio. O grupo mineiro
Cataguazes-Leopoldina comprou
86,42% do capital da empresa por
R$ 577,1 milhões, com ágio de
96,06% sobre o preço mínimo.
Foi o maior ágio já obtido em um
leilão de privatização do setor elétrico brasileiro.
A Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia), considerada favorita antes do início do
leilão, apresentou uma proposta
de apenas R$ 350 milhões, ficando
muito atrás da vencedora. A Coelba atuou em parceria com a Vale
do Rio Doce Energética.
Apenas essas duas propostas foram apresentadas. Um terceiro
concorrente, representado pela
corretora Unibanco, não chegou a
entregar nenhum envelope aos
operadores da Bolsa do Rio.
Como a diferença entre a maior
proposta em envelope fechado e a
segunda colocada foi superior a
10% do preço mínimo, não foi necessário fazer um leilão complementar pelo sistema de viva voz,
conforme previam as regras da
privatização.
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social), gestor das privatizações
federais e assessor das estaduais,
vai emprestar R$ 320 milhões ao
grupo vencedor para que ele faça o
pagamento das ações compradas.
O banco foi o responsável por todo
o processo de venda da Energipe.
O empréstimo do BNDES será
feito de duas formas: o banco emprestará diretamente cerca de R$
147 milhões, correspondentes a
50% do preço mínimo da empresa,
conforme vem emprestando a todos os compradores de empresas
estaduais de energia.
Os outros R$ 173 milhões serão
repassados pela BNDES Participações, subsidiária do banco para a
área de investimentos em ações,
por meio de uma operação de
compra de debêntures (títulos de
crédito) conversíveis em ações da
Cataguazes-Leopoldina.
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