São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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Fico satisfeito, mas não fui eleito para ser candidato, afirma Serra

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PINHAIS (PR)

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem que ficou "satisfeito" com o desempenho na pesquisa Datafolha publicada anteontem. O levantamento colocou o governador tucano em primeiro lugar, com 37% das intenções de voto para a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
O governador paulista, porém, afirmou ser "cedo" para confirmar eventuais planos de disputar a Presidência da República em 2010.
"É bom a gente estar bem avaliado nas pesquisas. Neste sentido, a gente fica muito satisfeito. Mas eu fui eleito para ser governador de São Paulo e não para ser candidato. Ainda faltam muitos anos para chegarmos até lá", disse Serra em entrevista, após participar como palestrante de um encontro sobre empreendedorismo rural em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
O governador, segundo a pesquisa do Datafolha, realizada na semana passada, lidera em todas as regiões do país.
Organizado pela Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), o evento ocorreu em clima de campanha, em razão do assédio dos freqüentadores sobre o governador. Serra foi freqüentemente parado para abraços e fotografias. Havia cerca de 3.000 pessoas presentes, segundo a assessoria da federação paranaense.
Serra também fez críticas às políticas fiscal, de juros e de agronegócio praticadas no governo Lula. Centralizou os ataques na taxa de câmbio. "No fundo, estamos subsidiando esta taxa de câmbio miserável, inclusive com recursos fiscais, que é o que acontece na prática", afirmou o tucano.
O governador disse ainda que "o governo gasta mal e gasta pouco", o que provoca falta de dinheiro, no caso da agricultura, para pesquisa, defesa sanitária e extensão rural. "Existem dois ministérios que fazem uma política de antagonismo, o da Agricultura e o da Reforma Agrária, como que antepondo a agricultura familiar à agricultura empresarial." Afirmou também que a taxa de câmbio "está num nível insuportável para a produção inclusive industrial, não só a agrícola".


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