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Justiça garante hoje
leilão do Meridional
da Sucursal de Brasília
O Banco Central realiza hoje o
leilão de privatização do Meridional -banco federal sediado em
Porto Alegre-, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Ontem à tarde, a 6ª Vara Cível da
Justiça Federal do Rio Grande do
Sul negou três pedidos de liminar
que suspendiam a venda do banco.
O deputado federal Miguel Rosseto e os estaduais Luciana Genro e
José Gomes, todos do PT, tentariam nova ação, ontem à noite, para impedir o leilão.
Eles pretendiam apresentar uma
ação popular ao juiz de plantão na
Justiça Federal, em Porto Alegre.
Foram qualificados para participar do leilão Bradesco, CGD (Caixa Geral de Depósitos S/A, de Portugal), CIMS S/A (representa o
Banco Pactual) e Goldener Inc.
(representa o Bozano, Simonsen).
Os quatro habilitados fizeram o
depósito de 50% sobre o preço mínimo de suas propostas na Bolsa
de Valores do Rio, segundo o BC.
O banco está avaliado em R$ 210
milhões. A participação da União
no capital do Meridional é de
82,36%. O lote de ações à venda representa 75,61% do capital, e o
preço mínimo é R$ 171,4 milhões.
Os outros 6,75% serão ofertados
aos funcionários por R$ 1,53 milhão. O futuro controlador poderá
quitar 90% do preço de compra
com "moedas podres" -títulos
de longo prazo da dívida federal-
e 10% em dinheiro.
Esta é a segunda vez que o BC
tenta privatizar o Meridional. Em
maio de 96, o governo suspendeu o
leilão devido a dúvidas sobre a
qualidade dos créditos do banco.
A avaliação do banco caiu para
R$ 210 milhões, abaixo do valor
proposto inicialmente (R$ 438 milhões), depois que o BC fez um saneamento financeiro no banco para possibilitar a privatização.
A Caixa Econômica Federal foi
obrigada a comprar carteiras de
crédito do Meridional consideradas de difícil recuperação.
O BC ainda pagou R$ 77 milhões
à Receita Federal, referentes a deduções sobre operações financeiras. Também foram demitidos
2.500 funcionários e fechadas 37
agências deficitárias.
Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre
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