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SÃO PAULO
Promotoria recebe laudo
Para perícia, prefeitura pagou mais por frango
DA REPORTAGEM LOCAL
Perícia feita a pedido da Justiça
concluiu que a Prefeitura de São
Paulo teve prejuízos nas compras
de frangos para escolas municipais entre o final da gestão Paulo
Maluf e o início da administração
Celso Pitta, em escândalo que ficou conhecido como Frangogate.
Segundo a perícia, as compras
ficaram entre R$ 21.737 e R$
50.859 acima dos preços praticados no mercado.
As 832 toneladas de coxas e sobrecoxas de frango foram compradas pela prefeitura paulistana,
entre agosto de 1996 e fevereiro de
1997, da empresa A D'Oro, pertencente a Fuad Luftfalla, cunhado do ex-prefeito Maluf.
Uma das empresas que fornecia
frango à A D'Oro era a Obelisco
Agropecuária, que pertence à
mulher de Maluf, Sylvia, e à sua filha Lígia.
A empresa A D'Oro foi escolhida como fornecedora depois de
ficar em segundo lugar em licitação pública municipal que eliminou a primeira colocada.
O advogado da família Maluf,
Ricardo Tosto, afirmou que o laudo "tranquiliza" seus clientes.
"Não tive ainda acesso oficial à
perícia, mas pelo que sei ela mostra que a Obelisco não tem nenhuma relação com esse possível
prejuízo da prefeitura. Portanto
nem o doutor Paulo Maluf nem
sua mulher e sua filha têm coisa
nenhuma a ver com o caso."
Para concluir que a compra dos
frangos foi superfaturada, a perícia pedida pela 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo comparou os preços pagos pela prefeitura com os praticados por outras
empresas. A diferença entre os
dois possíveis valores de superfaturamento se deve às estimativas
sobre prazos de pagamento e à
quantidade do pedido.
A perícia judicial foi pedida pelo
Ministério Público, que acusa o
ex-prefeito Paulo Maluf de ter
manipulado as compras da prefeitura para favorecer as empresas
do seu cunhado e da sua família.
O laudo será agora avaliado pelos
peritos do Ministério Público e
dos acusados.
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