São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

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No início da noite, presidente se mudou para o Palácio da Alvorada, onde foi abordado por eleitores e fãs

Lula faz fisioterapia para tratar de bursite

RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem pela manhã a fazer fisioterapia para curar dores que sente no ombro direito por causa de uma bursite.
A primeira sessão foi feita pela manhã, na residência da Granja do Torto, pelo tenente-coronel Junio Mario Pereira Gama, médico da Presidência da República, segundo o secretário de Imprensa de Lula, Ricardo Kotscho.
A bursite, de acordo com especialistas, costuma ser causada pela "síndrome do impacto", que é caracterizada pelo desgaste de um conjunto de tendões (tecidos que ligam músculos a ossos) no ombro e está associada principalmente ao envelhecimento.
Em vários momentos das cerimônias de posse, na quarta-feira, o presidente levou a mão ao ombro direito. No mesmo dia, à noite, reclamou de dores no braço.

Mudança
O presidente fez ontem sua mudança para o Palácio da Alvorada, onde deverá morar até o final do mandato. Lula e sua mulher, Marisa, deixaram a Granja do Torto por volta das 18h30.
Na saída, Lula distribuiu autógrafos e conversou com eleitores. O aposentado Raimundo Alves da Silva, que veio de Conceição do Araguaia (PA) para a posse, recebeu do presidente um abraço.
No Alvorada, onde cerca de cem eleitores o esperavam, Lula voltou a dar autógrafos, abraços e conversar com as pessoas. Chegou a beijar uma criança. Ele estava de terno, camisa azul e sem gravata.
Por volta das 16h, duas Kombis haviam saído do Torto com destino ao Alvorada cheias de camisas e ternos do presidente pendurados em cabides.
Ontem foi o primeiro dia de descanso de Lula após a posse. Ele acordou tarde e passou o dia com os filhos e netos na Granja do Torto. Não recebeu ninguém do governo, exceto o secretário Kotscho, que almoçou com a família. No almoço, foram servidos arroz, feijão, estrogonofe e salada.
O aposentado José Coelho da Silva, 71, aproveitou o momento em que Kotscho falava com jornalistas para entregar-lhe uma carta destinada a Lula.
O único desejo do aposentado, maranhense que mora na cidade-satélite de Samambaia, é dar um abraço em Lula. "Eu sei que é uma loucura. Quero que ele me abrace. Sou humano e honesto", disse ele, que aproveitou a carta para pedir um lugar na caravana que Lula fará com os ministros pelo semi-árido nordestino. "Também preciso ter um pouco de alegria."



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