São Paulo, sexta-feira, 05 de janeiro de 2007

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Presidente terá praia privativa e churrasqueira

Leonardo Wen/Folha Imagem
Vista da praia do Artilheiro, também conhecida como praia do Forte, onde Lula se hospeda a partir de hoje


LEANDRO BEGUOCI
ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ (SP)

O presidente Lula e a primeira-dama, Marisa Letícia, passarão as férias em um complexo militar com jeito de colônia de verão no Guarujá (87 km de São Paulo), no litoral paulista.
O local se chama Forte dos Andradas, foi construído em 1942 e é administrado pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, do Exército. O Hotel de Trânsito, onde o presidente se hospedará, fica atrás do posto de comando militar e é separado da praia do Artilheiro apenas por uma faixa de asfalto. A praia fica em uma baía de águas límpidas e sem ondas -uma espécie de lagoa de água salgada cercada por dois braços do morro do Monduba, onde está o complexo militar.
A Folha chegou, por mar, a 200 metros do hotel, acompanhada de duas pessoas que conhecem a hospedaria militar, destinada a oficias que passam pelo litoral. Do mar, é possível ver dois quiosques para churrasco, um em cada extremidade da praia de aproximadamente 500 metros de comprimento e 80 de largura, o campo de futebol (onde descem os helicópteros) e um salão de jogos integrado a um restaurante. No meio da praia há uma rampa para atracar embarcações.
Ao lado do hotel, que tem dois andares e cerca de 50 metros de fachada, há chuveiros e um dos quiosques de churrasco. Uma distância de cerca de três quilômetros separa a entrada do forte, que fica em uma área residencial na praia do Tombo, do hotel em que Lula pode até, se quiser, praticar tiro ao alvo -atrás do campo de futebol há o espaço em que os militares alojados no quartel, que fica no forte, praticam o tiro.
O Forte dos Andradas é aberto a visitações nos finais de semana, mas deve ser fechado para abrigar Lula e Marisa, tal como ocorreu em abril de 2006, quando o casal presidencial também descansou por ali.
À exceção do hotel e do posto de comando, todas as outras instalações, como os túneis e os canhões, ficam dentro dos morros. As montanhas fazem o papel de forte. O complexo foi projetado em 1934 pelo tenente-coronel João Luiz Monteiro de Barros para proteger a baía de Santos e a região próxima ao porto. O nome é uma homenagem aos irmãos Andrada -José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco-, que lutaram pela Independência.
Há uma única entrada por terra. Pelo mar, o acesso também é controlado, assim como o espaço aéreo - nem helicópteros da PM podem sobrevoar o local. Nenhum fotógrafo conseguiu fazer imagens de Lula e Marisa no ano passado. Todas as instalações originais do complexo foram preservadas, como o restaurante, a sala de armas, os elevadores, a enfermaria e o comando. No topo do morro, há um mirante.

Colaboraram THIAGO REIS E MARIANA CAMPOS, da Agência Folha

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