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Sem-terra acampam na fazenda São Luiz, em Presidente Bernardes, no Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo); batizada de operação "Carnaval Vermelho', a onda de invasões é um protesto contra o governo
de José Serra

CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM MARTINÓPOLIS

Num intervalo de menos de 24 horas, dez fazendas foram invadidas no Pontal do Paranapanema (oeste de SP) por sem-terra em protesto contra o governo do Estado.
Nove ações foram feitas por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) subordinado a José Rainha. Mesmo proibido de atuar pela direção da sigla, ele domina a maior parte dos acampados da região. A outra invasão foi do MST "oficial".
Batizada de operação "Carnaval 2" ou "Carnaval Vermelho", a terceira onda de invasões liderada por Rainha durante o governo de José Serra (PSDB) teve início no final da manhã de domingo, quando foram invadidas as fazendas Guarani, em Presidente Bernardes (589 km de SP); Iara, em Euclides da Cunha Paulista (717 km de SP); Boa Esperança, em Martinópolis (553 km de SP) e Santa Lourdes, em Flora Rica (643 km de SP).
Ontem as invasões foram nas fazendas Cobra, em Dracena (647 km de SP); Estrela do Laranja Doce, em Martinópolis; Beira-Rio, em Teodoro Sampaio (672 km de SP); Santa Terezinha e Coqueiros, em Presidente Venceslau (620 km de SP), e São Luiz, em Presidente Bernardes (esta pelo MST "oficial").
Os coordenadores das invasões articuladas por Rainha, que não participou das ações, anunciaram a invasão de outras quatro fazendas, mas não divulgaram nomes. A PM não confirma registro das ocorrências. Os sem-terra cobram assentamento de famílias acampadas e a retirada do projeto de lei que regulariza propriedades acima de 500 ha julgadas devolutas (públicas, suspeitas de serem griladas).


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