São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2000


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Entenda o caso Nacional

da Redação


Em 1986, o Banco Nacional apresentou um rombo patrimonial de cerca de US$ 600 milhões, superior ao patrimônio líquido, de US$ 250 milhões, na época.
Para encobrir o rombo, o banco forjou empréstimos para clientes fictícios. Os empréstimos falsos foram contabilizados como ativos bons, equilibrando o balanço.
As operações foram sendo renovadas e ampliadas, resultando num rombo de R$ 9,2 bilhões em 18 de novembro de 95, quando ocorreu a intervenção. A empresa de auditoria KPMG e o BC não viram irregularidades nos balanços.
Em 1997, a Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito sobre as fraudes, entre elas Marcos Magalhães Pinto, Clarimundo Sant'Anna e Arnoldo Oliveira.
Para sanear o Nacional, o BC usou o Proer, programa de socorro a bancos, criado duas semanas antes por Fernando Henrique Cardoso. O Unibanco assumiu a parte boa do Nacional, enquanto os créditos podres, estimados em R$ 7,6 bilhões, ficaram com o BC.


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