São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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"Parecia que eu só fazia elogios a ele, e ele, a mim", diz ACM após café com Lula

Sérgio Lima/Folha Imagem
O presidente Lula recebe o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) no Planalto


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dos oposicionistas mais aguerridos, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) tomou café ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Planalto, e saiu disposto a fazer uma ponte entre governo e senadores do PSDB e do DEM (ex- PFL) para a aprovação de projetos.
"Parecia que eu só fazia elogios a ele, e ele, a mim", disse ACM, que retribuiu a visita recebida de Lula, no mês passado, quando estava internado em um hospital de São Paulo.
Durante a campanha do ano passado, Lula referiu-se ao senador baiano como "hamster do Nordeste", e ACM, em resposta, o chamou de "chefe de uma quadrilha que assalta o Brasil". Ontem, no entanto, o senador ficou satisfeito com a conversa, que classificou como "útil" e "agradável".
No encontro de uma hora e meia, o presidente pediu apoio para a aprovação das medidas do PAC e para estimular a produção de biodiesel com a construção de usinas, principalmente no Nordeste.
"Eu não posso ser interlocutor da oposição porque não tenho liderança, mas tenho alguns amigos com quem vou conversar", disse, em referência aos líderes José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) e ao presidente tucano, Tasso Jereissati (CE).
"Eu disse a ele que um presidente que ganha com 20 milhões de votos de diferença não precisa se submeter a ninguém", disse o senador, em referência à reforma ministerial para compor com os partidos da base aliada.


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