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"Parecia que eu só fazia elogios a ele, e ele, a mim", diz ACM após café com Lula
Sérgio Lima/Folha Imagem
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O presidente Lula recebe o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) no Planalto |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dos oposicionistas mais
aguerridos, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) tomou café ontem com o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, no Planalto, e saiu
disposto a fazer uma ponte
entre governo e senadores do
PSDB e do DEM (ex- PFL) para a aprovação de projetos.
"Parecia que eu só fazia elogios a ele, e ele, a mim", disse
ACM, que retribuiu a visita recebida de Lula, no mês passado, quando estava internado
em um hospital de São Paulo.
Durante a campanha do ano
passado, Lula referiu-se ao senador baiano como "hamster
do Nordeste", e ACM, em resposta, o chamou de "chefe de
uma quadrilha que assalta o
Brasil". Ontem, no entanto, o
senador ficou satisfeito com a
conversa, que classificou como "útil" e "agradável".
No encontro de uma hora e
meia, o presidente pediu
apoio para a aprovação das
medidas do PAC e para estimular a produção de biodiesel
com a construção de usinas,
principalmente no Nordeste.
"Eu não posso ser interlocutor da oposição porque não
tenho liderança, mas tenho alguns amigos com quem vou
conversar", disse, em referência aos líderes José Agripino
(DEM-RN) e Arthur Virgílio
(PSDB-AM) e ao presidente
tucano, Tasso Jereissati (CE).
"Eu disse a ele que um presidente que ganha com 20 milhões de votos de diferença
não precisa se submeter a ninguém", disse o senador, em referência à reforma ministerial
para compor com os partidos
da base aliada.
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