São Paulo, sábado, 05 de maio de 2007

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No Ibama, funcionários param em protesto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de 30% dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) resolveram ontem paralisar as atividades em protesto contra a divisão do órgão. Na quinta, os funcionários votarão proposta de greve nacional por tempo indeterminado. Até lá, estão programados mais protestos.
Segundo o presidente da associação nacional dos servidores, Jonas Corrêa, a paralisação -por ora, com os funcionários em seus locais de trabalho- deve comprometer as atividades de licenciamento ambiental, inclusive a análise das usinas hidrelétricas do rio Madeira.
Após a decisão dos funcionários, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) disse que "em hipótese nenhuma" o governo recuará da criação do Instituto Chico Mendes, que ficará responsável pelas quase 300 unidades de conservação ambiental no país. A decisão dos servidores em Brasília foi seguida pelos colegas do Paraná e de Rondônia. O Ibama do Amazonas já está em greve.
O pivô da atual crise no Ibama foi a medida provisória assinada na semana passada pelo presidente Lula. Criado em 1989, o instituto perderá 330 cargos e manterá suas principais funções: atuar como polícia ambiental e autorizar o uso de recursos naturais e empreendimentos com impacto ambiental. Parte dos funcionários será remanejada para o novo instituto, que ficará responsável pelas unidades de conservação da natureza e por programas de pesquisa da biodiversidade. Terá 513 funcionários.
Marina atribui a paralisação dos funcionários à dificuldade de entender as mudanças. "Temos um território equivalente à França em unidades de conservação, não se pode advogar que uma diretoria [do Ibama] consiga cuidar de tudo." (MS)


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