São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Políticos negam influência na contratação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os deputados e ex-deputados ouvidos pela Folha negaram que a manutenção dos 45 ex-assessores na Câmara tenha se dado por influência política. José Borba (PMDB-PR) afirmou que o seu "pessoal" não está sob seu comando. "Praticamente só tenho a minha chefe de gabinete comigo", afirmou, não esclarecendo se ela é remunerada pela Câmara. Ele negou interferência na manutenção de seus oito ex-funcionários na Câmara.
O gabinete de Sandro Mabel (PL-GO) enviou documentos para comprovar que a escolha do ex-funcionário de Paulo Rocha se deu por motivos técnicos e que não havia conhecimento prévio de que se tratava de um ex-assessor do petista.
A deputada Maninha (PSOL-DF) afirmou que a seleção foi por meio de um concurso com 10 pessoas. Ela diz que contratou o ex-funcionário de Borba por ser o mais qualificado e que desconhecia o fato de ele ser ex-funcionário do peemedebista. Sobre a ex-funcionária de Paulo Rocha (PT-PA) que contratou, disse que ela fazia parte de sua corrente no PT.
A deputada Socorro Gomes (PC do B-PA) disse que a ex-funcionária de Rocha que contratou foi indicada por uma pessoa de sua confiança, e negou participação do ex-deputado no episódio. "Paulo Rocha nunca manteve nenhum tipo de influência no meu gabinete", disse.
Sobre a contratação de um ex-assessor de Dirceu, Carlos Abicalil (PT-MT) respondeu: "Não houve pedido do deputado. Houve análise de currículo conforme procedimento adotado desde 2003. O servidor em tela já havia trabalhado por sete anos em outros gabinetes, portanto com vasta experiência".
Zelinda Novaes (PFL-BA), que contratou uma ex-assessora de Carlos Rodrigues, afirmou que a punição ao ex-deputado, se houve culpa, deve se restringir a ele. "É um critério de justiça."
Mariângela Duarte (PT-SP), suplente de José Dirceu, disse que a funcionária é de categoria "eminentemente técnica e burocrática".
O gabinete de Fernando Gonçalves (PTB-RJ) disse que o critério utilizado foi a "capacitação técnica".
Os demais deputados não responderam ou não foram localizados pela reportagem.


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