|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES/ES
Prefeito se opõe a governador
Disputa de 2002 causa racha entre tucanos
LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA SUCURSAL DO RIO
A eleição para presidente em
2002 provocou um racha no
PSDB do Espírito Santo.
Em Vitória, o confronto opõe o
governador José Ignácio ao prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas,
candidato à reeleição acusado de
estar montando uma base para
Ciro Gomes, do PPS, na capital do
Estado.
Além de ameaças de recorrer à
Justiça, a disputa motivou um pedido à Executiva Nacional do
PSDB de intervenção no diretório
municipal de Vitória -que aprovou o vereador César Colnago, do
PPS, como vice na chapa encabeçada por Vellozo Lucas.
A presidente regional do PSDB,
a ex-senadora Luzia Toledo, diz
que a executiva regional havia vetado a coligação com o PPS e acusa o prefeito de planejar construir
na capital uma plataforma para
Ciro em 2002.
Ela afirma que Vellozo Lucas
tem "relações estreitas" com o
PPS e o recrimina por já ter lançado o nome de um senador deste
partido, Paulo Hartung, ao governo do Estado em 2002.
O prefeito, que começou na política pelas mãos do senador, confirma ter proposto a candidatura.
"Qualquer disputa que tenha o
José Ignácio e o Paulo Hartung, de
síndico de prédio a presidente da
República, eu vou ficar com o
Hartung", admite.
Ele devolve a acusação dizendo
que o governador trabalha contra
os interesses do PSDB em Vitória
e apóia para prefeito o candidato
do PPB, o deputado federal Nilton Baiano.
A querela dentro do PSDB capixaba motivou ontem a ida ao Espírito Santo do secretário-geral
do partido, o deputado federal
Márcio Fortes (RJ), para tentar
uma conciliação.
Ignácio e a executiva regional
não aceitam a coligação com o
PPS. Vellozo Lucas não abre mão
da sua escolha. "Não vou ceder
aos caprichos do governador",
afirma o prefeito, que diz que, se
houver uma intervenção, terão
que impugnar sua candidatura.
Texto Anterior: Alckmin usa vocabulário surfista Próximo Texto: Pesquisa: Thomeu lidera com 41% em Guarulhos Índice
|