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CONTAS PÚBLICAS
Crescimento do PIB de 2005 foi de 3,5% para 3,8%, segundo LDO
Alckmin prevê melhora na economia
GUILHERME BAHIA
DA REDAÇÃO
O governo Geraldo Alckmin
(PSDB) está mais otimista com a
economia do que estava há um
ano. Projeta crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto) maior e
inflação e taxa de câmbio mais
baixas do que antes. Os números
estão na LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) de 2005, a ser votada pela Assembléia Legislativa
na próxima semana, e na deste
ano, elaborada em 2003.
Na LDO do ano passado, o governo previa para 2005 crescimento de 3,5% do PIB do Estado
de São Paulo. Agora, prevê 3,8%.
Para 2006, a melhora se repete: a
previsão de 3,7% passou para 4%.
A inflação do ano que vem deve
ficar em 5,17%, mais de dois pontos percentuais abaixo da previsão de um ano atrás -7,3%. As
projeções se referem ao IGP-DI,
um dos índices que medem a inflação e que é usado para reajustar
a dívida do Estado com a União.
Ao projetar uma alta menor
nesse índice, o governo fica mais
otimista quanto à possibilidade
de adequar sua dívida ao limite fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. São Paulo hoje está acima do limite, cuja vigência está
suspensa até maio de 2005.
O governo Alckmin também
baixou sua expectativa para o dólar no final de 2005: R$ 3,30 agora
contra R$ 3,70 há um ano.
Isenções no ICMS
Um dos pontos que o PT critica
na LDO de Alckmin são as isenções no pagamento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). No ano passado, a isenção era projetada em
7,8% do total arrecadado. Essa
previsão, porém, não se confirmou. A taxa verificada em 2003 ficou em 9,6%, valor que o governo
adotou na previsão para 2005.
Segundo o secretário estadual
do Planejamento, Andrea Calabi,
o aumento da taxa de isenção se
deve às exportações e aos alimentos, setores de maior crescimento
na economia do Estado em 2003.
Como têm isenção prevista por
lei, aumentaram a isenção total.
O líder do PT na Assembléia,
deputado Cândido Vaccarezza,
diz que o governo deveria ter colocado essa explicação no texto da
LDO. "Falta transparência."
Para os petistas, o pedido de urgência para a apreciação da LDO,
feito na última quarta, mostra que
os tucanos não querem debater o
projeto, que, como não foi aprovado até 30 de junho, obriga os
deputados a trabalhar em julho,
sem remuneração extra.
Na última quinta-feira, o relatório da lei foi aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento.
O governo tentou colocá-lo em
votação no plenário no mesmo
dia, mas não conseguiu. Agora, o
projeto deve ser analisado na terça, com a oposição tentando obstruir a votação.
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