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TODA MÍDIA
Nelson de Sá @ - nelsondesa@folhasp.com.br
Mercosul ou Alca
Nas manchetes de televisão, do "Jornal Nacional"
ao "Jornal da Band", "O presidente Lula assina agora
o protocolo de entrada da Venezuela no Mercosul" ou
"Venezuela passa a integrar o Mercosul". A notícia e
pouco mais.
Mas o presidente Hugo Chávez agora está entre nós,
ao sul -e ao norte, em ambos os lados do Atlântico, do
econômico "Financial Times" até o republicano
"Washington Times", sobra crítica.
A reportagem do "FT" abriu
ontem dizendo que é "um
acréscimo que poderia acelerar o desvio do bloco sul-americano dos princípios do livre
comércio".
A reportagem do "FT" abriu
ontem dizendo que é "um
acréscimo que poderia acelerar o desvio do bloco sul-americano dos princípios do livre
comércio".
A do "WT" abriu apontando
"preocupações de que Chávez
vai tentar desviar o Mercosul
de seu pendor democrático e
de livre mercado".
Mas aqui e ali, pelo quinto
ou sexto parágrafo, as várias
reportagens traziam registros
em outra direção:
- Com a Venezuela, o Mercosul vai responder por 75%
do PIB da região... A ação
combina o maior exportador
de petróleo da região com
dois dos maiores produtores
de carne e grãos do mundo,
para formar um mercado de
250 milhões...
No alto dos sites, Venezuela, Argentina e Brasil eram retratados por Chávez, Néstor
Kirchner e Lula.
Geraldo Alckmin, que após
subir sete pontos foi surgir na
estatal Cultura dizendo que
quer reeleição e tudo mais,
abriu o jogo também em política externa.
A agência britânica Reuters
noticiou que o "candidato da
oposição criticou a admissão
da Venezuela no Mercosul" e
assim "reforçou a visão de que
poderia remontar a política
externa do Brasil".
A Reuters sublinhou que
"ele declarou ser favorável à
Área de Livre Comércio das
Américas, que inclui Estados
Unidos, desde que com reciprocidade".
ESPERANDO
No "New York Times" de ontem, "Países pobres ainda
estão esperando pelo acordo EUA-Europa". Diz o jornal
que "há cinco anos, pela primeira vez, líderes europeus e
americanos prometeram focar as negociações globais nas
necessidades dos países em desenvolvimento e enfrentar
sua maior reclamação: as restrições de importação e os
subsídios que protegem os fazendeiros dos países ricos".
"Mas" no final de semana houve nova reunião e, outra
vez, "nada de acordo".
"Washington Post" e "Wall Street Journal" foram na
mesma linha, mas sem apoio aos "pobres".
TREM DA ALEGRIA
Para quem gosta de cifras, o
site Controle da Concorrência contou e o blog Blue Bus
divulgou que caiu para um
terço o espaço da Copa no
"Jornal Nacional".
Na segunda-feira, foram 11
minutos e 36 segundos -e só
no segundo e terceiro blocos.
No dia 26, antes de Gana, 30
minutos e 40 segundos, em
seis dos sete blocos.
No dizer do blog, "acabou o
trem da alegria".
MARCA BRASIL
Mas a BBC Brasil foi ouvir o
"especialista em marketing de
nações" Simon Anholt e ele
garantiu que "a derrota não
afeta a marca Brasil".
É que, "por não se encaixar
na idéia que as pessoas têm do
Brasil, será logo esquecida",
justifica o criador do Nation
Brands Index. Essa tal "idéia"
positiva do país teria sido
construída ao longo do século
20 e seria "das mais poderosas
do mundo".
CONFIAR EM DEUS
![](../images/n0507200602.jpg) |
Na Globo, destaque para os cartazes expostos por agentes, depois das cinco mortes |
Da Record à Globo, a notícia em São Paulo foi "o sumiço
das fichas". Na escalada da Band, "os bandidos do PCC
roubaram fichas funcionais de agentes penitenciários".
No relato da Globo, "presos ligados a facções roubaram
cadastro dos funcionários de vários presídios". Endereços
e "dados pessoais", eles já estariam com tudo -e para os
agentes "resta confiar em Deus".
Mas não, vem o ex-secretário dos presídios de Geraldo
Alckmin e diz para a CPI das Armas e para a escalada do
SBT que "o PCC deflagrou onda de violência para atingir
a candidatura Alckmin".
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