São Paulo, sábado, 5 de julho de 1997.



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PERSONALIDADE
Corpo será enterrado no cemitério de São João Batista
Morre o general Moraes Rego, chefe da Casa Militar de Geisel

da Sucursal do Rio

Morreu ontem no Rio o general Gustavo Moraes Rego, 76, ministro-chefe do Gabinete Militar (78-79) durante o governo do presidente Ernesto Geisel.
Moraes Rego substituiu o general Hugo Abreu no cargo depois que este pediu demissão em protesto contra a escolha do general João Baptista Figueiredo para ser o candidato da Arena a presidente.
O corpo do general será enterrado hoje, às 11h, no cemitério de São João Batista (Botafogo, zona sul do Rio). O velório se realiza na capela 4 do cemitério.
Moraes Rego sofria de grave arritmia cardíaca havia muitos anos, segundo Américo Mourão, médico e amigo do general. Ele sofria ainda de problemas neurológicos.
Foi assistente do general Castello Branco antes de ele chegar à Presidência. Foi também assessor de Geisel na Petrobrás e mais tarde seu colaborador no governo.
Oficial da Cavalaria, foi promovido por Geisel a general-de-brigada, em 1975. Em seguida, foi designado para comandar a Guarnição Militar de Campinas (SP), uma das mais poderosas do Estado, antes da demissão do comandante do 2º Exército. Nessa época, Geisel estava empenhado em reprimir os focos de tortura em São Paulo.
Moraes Rego também comandou a 6ª Região Militar, em Salvador, onde também combateu a prática da tortura.
Pessoalmente ligado a Castello e a Geisel, Moraes Rego foi preso em novembro de 1983 por ordem do então ministro do Exército, general Walter Pires. O motivo da prisão: críticas ao então presidente João Baptista Figueiredo e à comunidade de informações, em entrevista à Folha.



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