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Delegados da PF e procuradores
vão acompanhar a subcomissão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A subcomissão do Senado que
cuida dos desdobramentos da
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) do Judiciário obteve
ontem apoio da Polícia Federal e
do Ministério Público Federal,
que vão indicar delegados e procuradores da República para
acompanhar seu trabalho.
As atividades da subcomissão
foram iniciadas anteontem, com
o depoimento do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira.
O relator da comissão, José Jorge (PFL-PE), disse que os senadores estão divididos quanto à possibilidade de quebra do sigilo
bancário de suspeitos.
Segundo ele, a Lei do Sistema
Financeiro permite que o sigilo
bancário seja quebrado pelo plenário da Casa. Resta saber, afirmou, se essa lei permaneceu em
vigor depois da promulgação da
Constituição de 1988.
Sobre as quebras de sigilos fiscal
e telefônico solicitadas por senadores de oposição, José Jorge disse que, pelas opiniões que ouviu,
isso não tem amparo legal.
Ele disse que vai solicitar um parecer à Comissão de Constituição
e Justiça do Senado, que precisará
ser votado no plenário, e só então
serão votados os requerimentos
na subcomissão.
Na próxima reunião da subcomissão (terça-feira), segundo ele,
só deverão ser votados os requerimentos de convocação de testemunhas.
O presidente da subcomissão,
Renan Calheiros (PMDB-AL),
disse que, se a subcomissão puder
quebrar sigilos, melhor. Seu interesse, afirmou, é fortalecer a subcomissão, para que seu trabalho
tenha resultado.
O senador negou que o trabalho
vá se concentrar a partir de agora
no desvio de R$ 169 milhões do
TRT de São Paulo. Segundo ele,
todas as suspeitas levantadas até
agora serão apuradas.
Calheiros e José Jorge se encontraram rapidamente na manhã de
ontem com o ministro da Justiça,
José Gregori, e com o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, para pedir apoio à subcomissão. Segundo eles, Gregori
afirmou que serão designados
tantos delegados da PF quantos
forem necessários. Brindeiro afirmou depois do encontro que deverá indicar pelo menos três procuradores da República, de São
Paulo e de Brasília, para ajudar.
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