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Alcântara cita insatisfação com FHC
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Um dos políticos mais próximos a Tasso Jereissati (PSDB),
Lúcio Alcântara, 59, não assume
apenas a candidatura ao governo
do Estado, mas a defesa do ex-governador em sua campanha.
A seguir, trechos da entrevista
que ele concedeu em Fortaleza.
Agência Folha - O sr. representa a
continuidade. O que pretende
manter e o que pensa mudar?
Lúcio Alcântara - Os fundamentos do projeto serão mantidos,
porque eles têm sido repetidamente aprovados pelo povo. É
claro que cada circunstância exige
novas propostas. O próprio Tasso
chegou a declarar que era o fim de
um ciclo e o início de um outro.
Agência Folha - Sergio Machado
(PMDB) também pode ser visto como um representante do governo?
Alcântara - No início do governo
Tasso, em 86, muitas pessoas pegaram carona na popularidade
dele, na oportunidade política
que surgiu, mas não tinham compromisso nenhum com o processo que ele desencadeou.
Agência Folha - Sua ligação com o
grupo dos coronéis pode ser apontada como um ponto negativo?
Alcântara - Tenho uma trajetória
conhecida de todos e tenho tido
êxito, porque as pessoas estão julgando o meu desempenho. Nunca hesitei em tomar decisões ousadas: lutei pelas Diretas, apoiei
Lula no segundo turno em 89.
Agência Folha - A possibilidade
de liberação de verba para Machado gerou mágoa com o governo?
Alcântara - Trouxe insatisfação,
porque sugeria favorecimento. Isso não é admissível numa campanha, considerando inclusive a
lealdade que o grupo do Tasso
sempre teve com o governo FHC.
Agência Folha - O sr. acha que,
com um presidente cearense, seria
mais fácil administrar?
Alcântara - Acho. Claro que o
presidente é de todos os brasileiros, mas, se um Estado periférico,
como o Ceará, tiver um presidente que conhece melhor sua realidade, ele pode, dentro de limites
éticos, ajudar mais o Estado.
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