São Paulo, segunda-feira, 05 de agosto de 2002

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Alcântara cita insatisfação com FHC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Um dos políticos mais próximos a Tasso Jereissati (PSDB), Lúcio Alcântara, 59, não assume apenas a candidatura ao governo do Estado, mas a defesa do ex-governador em sua campanha.
A seguir, trechos da entrevista que ele concedeu em Fortaleza.

 

Agência Folha - O sr. representa a continuidade. O que pretende manter e o que pensa mudar?
Lúcio Alcântara
- Os fundamentos do projeto serão mantidos, porque eles têm sido repetidamente aprovados pelo povo. É claro que cada circunstância exige novas propostas. O próprio Tasso chegou a declarar que era o fim de um ciclo e o início de um outro.

Agência Folha - Sergio Machado (PMDB) também pode ser visto como um representante do governo?
Alcântara -
No início do governo Tasso, em 86, muitas pessoas pegaram carona na popularidade dele, na oportunidade política que surgiu, mas não tinham compromisso nenhum com o processo que ele desencadeou.

Agência Folha - Sua ligação com o grupo dos coronéis pode ser apontada como um ponto negativo?
Alcântara -
Tenho uma trajetória conhecida de todos e tenho tido êxito, porque as pessoas estão julgando o meu desempenho. Nunca hesitei em tomar decisões ousadas: lutei pelas Diretas, apoiei Lula no segundo turno em 89.

Agência Folha - A possibilidade de liberação de verba para Machado gerou mágoa com o governo?
Alcântara -
Trouxe insatisfação, porque sugeria favorecimento. Isso não é admissível numa campanha, considerando inclusive a lealdade que o grupo do Tasso sempre teve com o governo FHC.

Agência Folha - O sr. acha que, com um presidente cearense, seria mais fácil administrar?
Alcântara -
Acho. Claro que o presidente é de todos os brasileiros, mas, se um Estado periférico, como o Ceará, tiver um presidente que conhece melhor sua realidade, ele pode, dentro de limites éticos, ajudar mais o Estado.


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