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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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CASO CC-5

Ex-gerente diz que cumpriu ordem

Banestado empresta em troca de promissórias

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Ricardo Franckzyck, ex-gerente da agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) nas Ilhas Cayman, afirmou ontem que concedeu empréstimos no valor de US$ 4,7 milhões a quatro empresas do Paraná em troca de notas promissórias, no valor do empréstimo, como garantia. A informação foi prestada em depoimento à CPI da Assembléia Legislativa do Paraná que investiga escândalos envolvendo o banco.
O ex-gerente disse ter cumprido ordens do então de diretor de câmbio da área internacional do banco, Gabriel Pires Neto.
O presidente da CPI, deputado Neivo Beraldin (PDT), quer saber como quatro empresas conseguiram autorização para obter empréstimos mediante a apresentação de notas promissórias. "De acordo com as normas do Banco Central, o tomador do empréstimo precisa apresentar garantias com rendimento real de 130% do valor do empréstimo", afirmou.
A agência de Cayman encerrou as atividades em janeiro de 1999. Segundo Beraldin, esse encerramento estava definido desde abril do ano anterior. Os empréstimos foram feitos entre agosto e setembro de 1998.

Outro lado
Pires Neto disse que, "se os empréstimos ocorreram, eles seguiram as normas do banco". Ele afirmou que não se lembrava de ter dado a ordem do empréstimo de US$ 4,7 milhões e que não poderia falar sobre qualquer negociação por causa do sigilo bancário. (DIMITRI DO VALLE)


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