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CASO CC-5
Ex-gerente diz que cumpriu ordem
Banestado empresta em troca de promissórias
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Ricardo Franckzyck, ex-gerente
da agência do Banestado (Banco
do Estado do Paraná) nas Ilhas
Cayman, afirmou ontem que
concedeu empréstimos no valor
de US$ 4,7 milhões a quatro empresas do Paraná em troca de notas promissórias, no valor do empréstimo, como garantia. A informação foi prestada em depoimento à CPI da Assembléia Legislativa do Paraná que investiga escândalos envolvendo o banco.
O ex-gerente disse ter cumprido
ordens do então de diretor de
câmbio da área internacional do
banco, Gabriel Pires Neto.
O presidente da CPI, deputado
Neivo Beraldin (PDT), quer saber
como quatro empresas conseguiram autorização para obter empréstimos mediante a apresentação de notas promissórias. "De
acordo com as normas do Banco
Central, o tomador do empréstimo precisa apresentar garantias
com rendimento real de 130% do
valor do empréstimo", afirmou.
A agência de Cayman encerrou
as atividades em janeiro de 1999.
Segundo Beraldin, esse encerramento estava definido desde abril
do ano anterior. Os empréstimos
foram feitos entre agosto e setembro de 1998.
Outro lado
Pires Neto disse que, "se os empréstimos ocorreram, eles seguiram as normas do banco". Ele
afirmou que não se lembrava de
ter dado a ordem do empréstimo
de US$ 4,7 milhões e que não poderia falar sobre qualquer negociação por causa do sigilo bancário.
(DIMITRI DO VALLE)
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