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SC prevê desemprego e estuda
ação contra o governo paulista
da Reportagem Local
O subsecretário da Receita do
Espírito Santo, Antonio Corrêa,
afirma que metade da produção
das indústrias de confecção, mármores e móveis do Estado são
destinadas a pequenas empresas
de São Paulo.
Essas empresas são atingidas diretamente pela lei paulista que
criou restrição de compras de
produtos em outros Estados para
quem usa o Simples.
"Só no setor de confecções, corremos o risco de perder 7.000 postos de trabalho se São Paulo suspender as compras", diz Corrêa.
Ele diz que o Espírito Santo estuda a possibilidade de recorrer à
Justiça, mas afirma esperar que o
governo de São Paulo acabe com
as restrições espontaneamente.
"Nos causa surpresa que São
Paulo, um Estado exportador,
adote essa lei. Se todos os Estados
fizerem o mesmo, a medida vai se
voltar contra São Paulo", diz.
O procurador-geral do Estado
de Santa Catarina, Walter Zigelli,
anunciou que a ação direta de inconstitucionalidade do Estado
contra a lei que criou restrições às
empresas do Simples está pronta.
O governador Esperidião Amin
(PPB) deve aprovar hoje o ingresso da ação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Zigelli pede liminar para que a
lei seja suspensa imediatamente.
Ele argumenta que a restrição fere
os princípios constitucionais da
livre circulação de mercadorias e
da livre concorrência.
A Procuradoria Geral do Estado
do Paraná já concluiu um estudo
sobre a viabilidade de questionar
a lei na Justiça. O governador Jaime Lerner (PFL) promete anunciar na segunda-feira se o Estado
vai ou não recorrer ao STF.
(RC)
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