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PT faz acordo para barrar emendas sobre servidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para acelerar o processo de liberação da pauta da Câmara, líderes
do governo e do PT fecharam um
acordo para rejeitar todas as
emendas às medidas provisórias
que tratam da reestruturação de
carreiras dos servidores públicos.
Do total de 39 MPs em tramitação
na Câmara, 11 se referem ao funcionalismo.
As MPs dos servidores receberam quase 560 emendas, a maior
parte de deputados dos atuais
partidos de oposição, que aumentam despesas. Somente a medida
provisória que trata da reestruturação da carreira dos servidores
do Banco Central, a sétima da
pauta de votações, recebeu 111
emendas. Um dos objetivos é evitar o aumento de gastos além do
previsto.
A partir de hoje, a Câmara deverá fazer um esforço para analisar
as MPs que estão trancando a
pauta e impedindo a votação de
projetos de interesse do futuro
governo petista. Das 30 MPs com
prazo de votação vencido (45
dias), 18 devem ser apreciadas
nesta semana.
A pressa na votação de todas as
medidas interessa ao PT, que precisa definir fontes de recursos para financiar seus projetos de governo. Enquanto a pauta da Câmara estiver obstruída, o PT não
pode discutir, por exemplo, a
prorrogação da alíquota de 27,5%
do IRPF (Imposto de Renda da
Pessoa Física).
O adicional gera cerca de R$ 1,8
bilhão ao ano e deixa de ser cobrado no dia 31 de dezembro. O PT
tem dito que não pode abrir mão
desse dinheiro, mas está avaliando se vai enfrentar o desgaste político de propor uma medida impopular.
Outra proposta que está parada
e interessa ao partido é a regulamentação do sistema financeiro,
que abre espaço para a autonomia
do Banco Central. Por se tratar de
uma emenda constitucional, essa
é uma votação mais demorada,
que exige dois turnos no plenário,
com pelo menos 308 votos favoráveis.
A primeira medida provisória
da pauta trata da transformação
dos times de futebol em empresa
e deverá ser rejeitada, segundo
acordo entre os líderes partidários. A MP não tem consenso e
um novo texto deverá ser editado
para substituí-la.
Em seguida deve ser votada a
MP que abre crédito de R$ 326
milhões para o Ministério de Minas e Energia. O dinheiro se destina ao pagamento de bônus aos
consumidores residenciais de
energia elétrica.
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