DA AGÊNCIA FOLHA

Apenas 4 das 27 Assembléias Legislativas do país terão em 2007 mais deputados novatos do que reeleitos. Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia e Roraima são as exceções de uma eleição que conduziu novamente às Casas 594 dos 1.059 parlamentares -uma taxa média de reeleição de 56%.
Isso mostra que parte da evolução patrimonial revelada pelo levantamento da Folha é decorrente do enriquecimento dos atuais parlamentares.
A Assembléia que teve a mais baixa taxa de reeleição foi a de Rondônia: 20%. Cenário da Operação Dominó, da Polícia Federal -que investiga 23 dos 24 atuais parlamentares por desvios de recursos públicos-, o Estado terá só cinco deputados estaduais de volta à Casa.
Um dos reeleitos, Neri Firigolo (PT) é justamente o único que não está sendo investigado no escândalo. Carlão Nascimento (ex-PSL), ex-presidente da Assembléia e atualmente preso pela acusação de envolvimento no esquema, não conseguiu se reeleger.
Apesar de apenas quatro Assembléias Legislativas contarem com mais novatos que reeleitos, o analista político Francisco Fonseca, da FGV-SP, afirma que o índice de renovação (44%) está "acima da média histórica" do país.
"O parlamento no Brasil tem, historicamente falando, uma renovação violenta. Algumas pessoas podem dizer que isso é bom, mas não necessariamente, pois é preciso ter profissionais da política. Simplesmente renovar não quer dizer nada", afirma o professor.

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O Estado que teve a menor renovação foi o Piauí: 22 dos 30 deputados eleitos fazem parte da atual legislatura (o que corresponde a 73% do total).
O Sul foi a região que teve o maior número de reeleitos: 61%. Os três Estados (PR, RS e SC) estão hoje entre os que têm mais parlamentares ao menos no segundo mandato. (TR e JCM)


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