São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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Brasil tem poucos beatos e santos, afirma teólogo

DA AGÊNCIA FOLHA

"Durante muito tempo pensamos que Deus era brasileiro e esquecemos de que precisávamos de beatos e santos", diz o teólogo e ouvidor da PUC-SP Fernando Altmeyer. Para ele, o maior país católico do mundo "tem poucos beatos e santos".
Altmeyer aponta as exigências do processo de beatificação como uma das razões para a falta de beatos e santos no Brasil. "É necessário fazer pesquisas históricas, tradução para o latim, entre outros, e isso é muito caro para um país pobre."
Segundo o teólogo, com a beatificação do padre Mariano de La Mata Aparício, o Brasil já teve aceitos pelo Vaticanos oito processos de beatificação e dois processos de canonização -nenhum dos canonizados, no entanto, nasceu no Brasil.
Altmeyer acha o número baixo. "Só os padres que foram assassinados na luta pela terra são cerca de 70. Hoje, deveríamos estar com cerca de 2.000 a 3.000 beatos. A França e a Itália têm centenas de beatos e santos." Cerca de 50 processos de beatificação de brasileiros estão em andamento, diz ele.
O presidente da comissão episcopal para cultura, comunicação e educação da CNBB, dom Orani João Tempesta, disse que o Brasil não tem "preocupação em ter santos ou beatos", mas afirmou que a beatificação do padre Mariano "pode despertar o interesse".
Com a beatificação do padre Mariano, o Brasil ganha chances de realizar a terceira canonização. Em 1988, São Roque Gonzales, Santo Afonso Rodrigues e São João de Castilho -o primeiro do Paraguai, os outros, da Espanha- foram canonizados. Em 2002, madre Paulina, da Itália, se tornou santa.


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