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Fundador afirmava ser santo
da enviada especial ao Alto Solimões
José Francisco da Cruz, o irmão
José, fundador da Ordem da Santa Cruz, deixou carta onde diz ter
tido uma ""visão celestial divina",
aos 21 anos, para seguir pelo
mundo divulgando o evangelho.
""Em 1951, dei início à minha
missão. Em 62, enfrentei o mundo e a própria morte. Dormi no
chão puro por sete anos e carreguei um cinto com pregos na cintura por 17 anos. Tenho 45 enfermidades e 28 cicatrizes no meu
corpo....", relata na carta.
Antes de chegar ao Alto Solimões (região do Amazonas formada por sete municípios, na
fronteira com o Peru e a Colômbia), irmão José montou uma base em Iquitos, no Peru. Acompanhado de seguidores peruanos,
sobretudo de índios, entrou no
Brasil pelo rio Solimões, em 1972,
acompanhado por uma verdadeira esquadra.
Irmão José previa o fim do
mundo e dizia que só quem estivesse ao lado da cruz se salvaria.
Apesar de pequeno e frágil, era
uma figura carismática. Os índios
acreditam que ele era capaz de
derrubar uma árvore só com as
mãos e que era santo.
Irmão José foi preso na cidade
de Tabatinga, na década de 70, o
que reforçou o mito de que fazia
milagres. Ao ser solto, ele espalhou que sete soldados, juntos,
não conseguiram arrancar a Bíblia de suas mãos.
A seita continua apregoando
que o fim do mundo é iminente e
que só os seguidores da cruz se
salvarão.
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