São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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NINHO PETISTA

Dirceu nega divergências com Palocci

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PT, José Dirceu, tentou ontem dar demonstrações públicas de que não há ruído entre suas idéias e as do coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci Filho.
Primeiro, referiu-se à questão sobre o anúncio, possivelmente ainda hoje, da nova diretoria do Banco Central. "Não é fato que o Palocci e eu discordamos sobre isso. Falamos a mesma coisa."
Segundo Dirceu, o pensamento de Luiz Inácio Lula da Silva é o único guia. "Não há nenhuma determinação do presidente eleito de indicar nome do presidente do BC hoje [ontem] ou amanhã [hoje]. O senador Suplicy deve ter chegado a essa conclusão contando os prazos legais do Senado."
Foi uma referência à declaração de Eduardo Suplicy, depois de uma reunião com Palocci, na terça-feira. O senador disse que Lula deveria anunciar a composição da nova diretoria do BC ainda esta semana para que o Senado tivesse tempo de sabatinar e aprovar os nomes ainda em 2002.
Nas entrevistas, questionado sobre os nomes do BC, Dirceu dizia que o assunto era responsabilidade de Palocci. Isso levou à leitura de que o coordenador da equipe de transição seria o titular da Fazenda do governo Lula. "Isso vocês têm de perguntar para o Palocci", disse em pelo menos em quatro ocasiões ontem.
No final da entrevista, de bom humor, Dirceu disse ter seguido o conselho de Palocci, dado quando os ânimos do presidente do PT foram criticados. "Tenho autocrítica. Segui o conselho de Palocci", disse, com a ressalva de que, em vez de do calmante à base de maracujá sugerido por Palocci, teria tomado uma cachaça.


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