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NINHO PETISTA
Dirceu nega divergências com Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PT, José Dirceu,
tentou ontem dar demonstrações
públicas de que não há ruído entre suas idéias e as do coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci Filho.
Primeiro, referiu-se à questão
sobre o anúncio, possivelmente
ainda hoje, da nova diretoria do
Banco Central. "Não é fato que o
Palocci e eu discordamos sobre isso. Falamos a mesma coisa."
Segundo Dirceu, o pensamento
de Luiz Inácio Lula da Silva é o
único guia. "Não há nenhuma determinação do presidente eleito
de indicar nome do presidente do
BC hoje [ontem] ou amanhã [hoje]. O senador Suplicy deve ter
chegado a essa conclusão contando os prazos legais do Senado."
Foi uma referência à declaração
de Eduardo Suplicy, depois de
uma reunião com Palocci, na terça-feira. O senador disse que Lula
deveria anunciar a composição da
nova diretoria do BC ainda esta
semana para que o Senado tivesse
tempo de sabatinar e aprovar os
nomes ainda em 2002.
Nas entrevistas, questionado
sobre os nomes do BC, Dirceu dizia que o assunto era responsabilidade de Palocci. Isso levou à leitura de que o coordenador da
equipe de transição seria o titular
da Fazenda do governo Lula. "Isso vocês têm de perguntar para o
Palocci", disse em pelo menos em
quatro ocasiões ontem.
No final da entrevista, de bom
humor, Dirceu disse ter seguido o
conselho de Palocci, dado quando
os ânimos do presidente do PT foram criticados. "Tenho autocrítica. Segui o conselho de Palocci",
disse, com a ressalva de que, em
vez de do calmante à base de maracujá sugerido por Palocci, teria
tomado uma cachaça.
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