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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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Governador pode deixar PT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador Flamarion Portela admitiu ontem a possibilidade de deixar o PT. Pressionado pela ala radical petista, que pede sua expulsão, ele respondeu que a decisão sobre sua saída cabe ao partido, não a ele. "Se o partido, na sua grande maioria, não me quiser, não vou ter outra alternativa a não ser sair."
Mesmo assim, Portela afirmou que não se sente isolado na legenda hoje. "Não quero criar transtorno, não quero criar problemas para o PT", disse.
Ontem, o presidente do PT, José Genoino, ouviu um relato de duas horas sobre as medidas que Flamarion diz ter tomado para acabar com o problema dos fantasmas na folha salarial. O relato será transmitido aos militantes.
Portela aproveitou o último dia da estada em Brasília para pedir verbas aos ministérios da Saúde e da Justiça. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam desvios de recursos dessas duas pastas no Estado.
"Como governador, tenho obrigação de pedir. É meu dever lutar pelos recursos para o Estado", argumentou Flamarion ontem.
A PF investiga em Roraima o chamado "esquema dos gafanhotos", em que funcionários fantasmas foram cadastrados na folha salarial do Estado. O salário deles era sacado por procuradores e repassado a políticos e empresários locais.
A folha do Estado era administrada pela NSAP (Norte Serviços de Arrecadação e Pagamento).
A Controladoria Geral da União reuniu indícios de que parte do dinheiro da conta era proveniente de convênios firmados pelo Estado com a União. (IURI DANTAS)


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