São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

"Salvar o mundo"

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, gostou mesmo da visita. No "Washington Post", sobre Bali, escreveu dando uma "boa notícia: nós podemos fazer alguma coisa, a um custo menor do que imaginamos". Saudou, após as revoluções industrial e tecnológica, outra "grande mudança: a era da economia verde". Exemplo: "Eu vi como o Brasil virou um dos maiores atores na economia verde, tirando 44% da demanda energética dos renováveis", contra 13% no mundo.
O otimismo conflita com "o objetivo nada modesto" de Bali, segundo Claudio Angelo no blog Bali 40º, que é "salvar o mundo". E são os "países emergentes que detêm a chave", China, Índia, Brasil, segundo John Vidal, no "Guardian". Marcelo Leite, no blog Ciência em Dia e na Folha, não se anima, "Bali vai fracassar".

PROTEÇÃO "VERDE"
No dia da abertura em Bali, a representante comercial dos EUA lançou proposta na Rodada Doha: eliminar tarifas de produtos "verdes", que "combatem o aquecimento". Mas não, nada de etanol.
E ontem o Itamaraty reagiu contra a idéia "protecionista", numa das "mais destruidoras críticas da história recente das negociações comerciais globais", comentou a AP.

VETO "AMBIENTAL"
Também na estréia de Bali, a Organização Mundial do Comércio, a pedido da União Européia, como noticiaram "New York Times" e outros, rejeitou o "veto ambiental" do Brasil à importação de pneus usados. É que a proibição não atinge compras do Mercosul.

LONGE DOS EUA
No site do "Wall Street Journal", a aposta do Merril Lynch para a América Latina -de desempenho "positivo" em 2008, "menos vinculada" à economia americana.
Já o "Financial Times", em especial sobre a Alemanha, destacou que também por lá se saúda a "desvinculação" dos EUA. Para economista do Goldman Sachs no país, "as exportações aos Brics já são quase tão grandes quanto aos Estados Unidos", este ano.

DESAFIANTES
De sua parte, o francês "Le Monde" abordou "os novos desafiantes globais" ou "os novos atores" multinacionais, como as brasileiras Gerdau e Coteminas. Em título, "China, Índia e Brasil dominam".

PARA O BRASIL
Sylwia Kapuscinski/nytimes.com
Mãe e filha "fazem as malas"


Na capa do caderno The Metro Section, ontem, o "New York Times" deu que os "brasileiros estão desistindo de seu sonho americano" e voltando para casa. O "ponto de mudança" teria sido a queda do projeto de lei que abria "caminho para a legalização" nos EUA.
A reportagem ecoou amplamente por aqui, a começar dos telejornais da Globo -que patrocinou e transmitiu o último "Brazilian Day" dos brasileiros de Nova York.

"SINTÉTICO", CHÁVEZ
Na manchete do "Granma", as "Mensagens de Fidel a Chávez". Na primeira, elogios ao discurso de segunda-feira, que "foi um veni, didi, vinci de dignidade e ética", aceitando o resultado. A outra foi uma aula de como ele deveria se expressar para tirar proveito das "agências noticiosas" e da "imprensa internacional". No primeiro conselho, "trate de ser o mais sintético possível".

EL BARADEI AQUI
Mohamed El Baradei, da Agência Internacional de Energia Atômica, reagiu à confirmação pelos EUA de que o Irã abandonou armas atômicas declarando a sua esperança de que agora se vai "desativar a crise nuclear" que ameaçava nova invasão.
De passagem, o registro de que chega hoje ao Brasil para checar como anda "a fábrica de combustível nuclear".

Frase

"Por 29 votos contra 48 e três abstenções, Renan Calheiros conseguiu salvar o mandato."


Da repórter DÉLIS ORTIZ, no final do "Jornal Nacional", que deu mais atenção à disputa pelo cargo de presidente do Senado -com destaque para discurso de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), dizendo que o Senado "está diante de uma situação em que tem que defender a sua tradição, a sua história, a sua dignidade e a sua honradez".

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@ - Nelson de Sá


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