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CASO OPPORTUNITY
Criminalista gaúcho assume defesa de Dantas na Satiagraha
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado que encabeçou a defesa do banqueiro
Daniel Dantas desde a deflagração da Operação Satiagraha da Polícia Federal, em 8
de julho de 2008, se afastou
do caso. Nélio Machado será
substituído pelo também criminalista Andrei Zenkner
Schmidt, cujo escritório tem
sede no Rio Grande do Sul.
A assessoria de imprensa
do Opportunity informou
que a decisão de se afastar
temporariamente do caso foi
de Machado, mas que ele
continua no banco. O motivo
seria seu suposto monitoramento por agentes da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência) e por policiais federais em 2008. Em outubro, o
advogado pediu à Procuradoria-Geral da República
que apurasse indícios de investigação ilegal a seu respeito. Ele teria sido monitorado
em Brasília e São Paulo. Chegou a ser acusado de encontrar assessores do presidente
do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Segundo pessoas próximas
a Machado, ele continuaria
atuando no caso como um
conselheiro, à distância. O
criminalista gaúcho, de 38
anos, atuava desde novembro como consultor da defesa. Ele disse ontem que sua
atuação será maior porque o
caso é "muito amplo" e que
haverá distribuição de atribuições entre ele e Machado.
Sobre a condução da defesa, Schmidt disse que continuará discutindo a nulidade
da investigação. Até agora,
um dos principais argumentos de Machado era o do "fruto envenenado", em que provas seriam invalidadas por
ilegalidades na investigação.
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